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Economia Morte do banqueiro Edemar Cid Ferreira não encerra disputas judiciais e pendências financeiras do Banco Santos

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Edemar Cid Ferreira foi condenado, em 2006, por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. (Foto: Evelson de Freitas/AE)

A morte do banqueiro Edemar Cid Ferreira, aos 80 anos, não encerra a série de disputas judiciais e pendências financeiras do Banco Santos. A instituição financeira ainda deve bilhões de reais. “Os bens atuais bloqueados são inexpressivos perante o passivo atualizado”, diz uma pessoa próxima ao processo.

Segundo fontes ligadas ao caso, quase todos os bens do ex-banqueiro já foram expropriados ou alienados dentro do processo da ação civil pública ou de processos como a alienação da mansão do empresário no Morumbi, na Zona Oeste de São Paulo, e outros imóveis da empresa na capital paulista. As obras de arte do empresário também já haviam sido leiloados para abater as dívidas.

Entre os credores que esperam por receber o que lhes é de direito estão bancos, fundos, empresas de comunicação, companhias de infraestrutura, instituições financeiras, indústrias, pessoas físicas, entre outros. No oitavo rateio, de março de 2023, constam 894 credores na lista.

O processo de falência que se arrasta desde 2005 transformou a dívida de R$ 3,2 bilhões nos atuais R$ 16,7 bilhões. Mas comumente em processos de recuperação judicial e falência o valor total tem deságio de cerca de 80%.

A dívida do Banco Santos cresce atualizada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e juros de mora de 1% ao mês. Por isso, passados 19 anos de falência, o valor da dívida mais que quintuplicou.

Entenda o caso

O empresário se tornou um nome constante nos noticiários do Brasil nos anos 2000, quando o Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central, após um rombo de R$ 2,1 bilhões (valores da época) no caixa da companhia.

Em 12 de novembro daquele ano, o BC interveio na instituição depois de constatar que não cumpria normas básicas, como o recolhimento compulsório — parcela dos depósitos dos clientes que as instituições financeiras são obrigadas a recolher no BC. À época, o Santos era o 21º maior banco do país.

Em 4 de maio do ano seguinte, o BC anunciou a liquidação do banco. Desde então, Cid Ferreira tentava reverter a decisão da Justiça argumentando que o negócio faliu em razão de pessoas que não honraram o pagamento de empréstimos feitos no banco.

Cid Ferreira e outros 18 ex-dirigentes do Banco Santos foram denunciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e gestão fraudulenta. Em maio de 2006, o ex-banqueiro foi preso por 89 dias.

No período, ele se dedicou à vida espiritual e chegou a frequentar cursos ministrados no presídio por igrejas evangélicas, pela Igreja Católica e outros sobre espiritismo. Mas Edemar não se filiou a nenhum credo.

Edemar passou o restante de sua vida tentando provar que o banco tinha mais crédito a recuperar do que dívidas a serem pagas, o que jamais se comprovou. Desse embate resultou uma relação de tensão permanente entre Edemar e o administrador judicial, Vânio Aguiar.

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