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Mundo Mortos em atentado em Cabul passam de 100, e remoção de civis continua apesar do risco de novos ataques

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Pentágono corrige informação da véspera e diz que só um homem-bomba, e não dois, se explodiu. (Foto: Reprodução)

Os voos de remoção de civis foram retomados no aeroporto de Cabul nesta sexta-feira (27), um dia após dezenas de pessoas, incluindo 13 militares dos Estados Unidos, morrerem no ataque reivindicado pelo braço afegão do Estado Islâmico, conhecido pela sigla em inglês Isis-K.

A operação de retirada entra em sua reta final em nível máximo de alerta, perante o risco de novos ataques do grupo terrorista, um inimigo comum dos Estados Unidos e do Talibã.

As estimativas de afegãos mortos no atentado terrorista aumentaram para 170, de acordo com o jornal The New York Times, que cita autoridades de saúde afegãs e funcionários de hospitais. Os feridos somam mais de 200. Os números, segundo o jornal, não incluem os 13 americanos mortos e os 18 soldados do país que ficaram feridos.

Ainda nesta sexta, em entrevista coletiva em Washington, o diretor-adjunto do Estado Maior Conjunto dos EUA, general Hank Taylor, corrigiu a informação dada pelo Pentágono na véspera e disse que houve apenas uma explosão, provocada por um homem-bomba, e não duas. A explosão aconteceu, segundo ele, próximo ao Portão Abbey de acesso ao aeroporto, e não houve a segunda detonação perto do Hotel Baron, relatada na véspera.

A nova versão coincide com o vídeo postado pelo Estado Islâmico ao reivindicar na quinta o ataque terrorista. Nas imagens postadas pelo grupo, só aparece um homem-bomba, antes de se explodir perto de militares americanos que guardavam o portão.

Além dos soldados americanos, fontes do Talibã e do órgão de saúde da capital afirmaram que pelo menos 28 integrantes do grupo fundamentalista estariam entre os mortos, algo negado pelo porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid. O grupo, que tomou o poder em Cabul no último dia 15, tem feito a segurança das vias de acesso ao aeroporto, cujo perímetro continua sob controle de forças americanas e dos seus aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Nesta sexta, Mujahid fez um apelo para que as mulheres que trabalham nos serviços de saúde voltem a seus postos. Muitas ficaram em casa por temor a represálias, pois em seu primeiro governo, nos anos 1990, o Talibã proibia as mulheres de trabalharem fora.

“Elas não sofrerão nenhum impedimento do Emirado Islâmico para cumprirem suas funções”, disse o porta-voz, usando o nome com o qual o grupo se refere a si mesmo.

Imagens que circulam na internet mostram dezenas de corpos em uma vala nos arredores do aeroporto, onde, na hora do atentado, milhares de afegãos se aglomeravam em busca de voos de fuga desde que o Talibã retornou ao poder, no último dia 15. Mesmo após o atentado de quinta, diz a Associated Press, o número de pessoas nos arredores do aeroporto continua similar.

“Após a explosão, eu decidi que tentaria [fugir] porque tenho medo que haja mais ataques, e agora acho que preciso sair”, disse à AP um homem que se identificou apenas como Jamshad, que foi para o aeroporto com a mulher e três filhos, carregando o convite de um país ocidental que preferiu não identificar.

Risco de novos ataques

O embarque para muitos, contudo, torna-se cada vez mais improvável: a prioridade de evacuação é para cidadãos estrangeiros e afegãos que trabalharam para as forças da Otan e receberam vistos dos países da aliança militar ocidental. Além disso, o prazo limite para que os países estrangeiros retirem suas tropas do país da Ásia Central após 20 anos de invasão se encerra em quatro dias.

Em meio ao risco de novos atentados — em sua entrevista coletiva na quinta, o chefe do Comando Central americano, Frank McKenzie, alertou que o modus operandi do Isis-K inclui bombardeios repetidos — e a aproximação do prazo, vários países já encerram suas operações.

O último voo que retirava cidadãos da Alemanha e aliados afegãos, por exemplo, chegou a Frankfurt nesta sexta. Cerca de 300 alemães, disse Berlim, permanecem no Afeganistão. Espanha, Suécia, Holanda, Itália e Austrália também encerraram suas operações em Cabul.

O Reino Unido, país que tinha o segundo maior contingente em solo afegão, está se preparando para terminar sua missão em “algumas horas”, disse o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace. Segundo ele, a tendência é que o risco de novos ataques aumente conforme o prazo derradeiro para a saída das tropas internacionais se aproxima:

“A narrativa sempre vai ser de que, enquanto nós saíamos, certos grupos como o Isis-K vão querer reivindicar que expulsaram os Estados Unidos ou o Reino Unido”, afirmou.

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