Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 11 de julho de 2020
Um motorista de ônibus francês que foi agredido por passageiros depois de pedir que usassem a máscara para respeitar as normas de luta contra o coronavírus, faleceu na sexta-feira (10), informou a família.
“Decidimos deixar que partisse. Os médicos também concordaram”, declarou Marie Monguillot, de 18 anos, sobre o pai, Philippe. Um pouco antes, sua mãe Véronique anunciou nas redes sociais: “Meu marido faleceu às 17h30, RIP meu amor”.
De acordo com o MP de Bayonne, o motorista Philippe Monguillot, de 59 anos, pai de outras duas jovens, de 21 e 24 anos, foi vítima de uma agressão de extrema violência, com socos na cabeça, quando tentou controlar a entrada de uma pessoa e exigiu o uso de máscara de outros três passageiros.
O ataque aconteceu no fim de semana passado na cidade do sudoeste da França.
A agressão e a morte provocaram indignação entre seus colegas de profissão e os políticos. O primeiro-ministro Jean Castex falou sobre o motorista “agredido covardemente” e afirmou que “a justiça castigará os autores do crime abjeto”.
Dois homens de 22 e 23 anos suspeitos da agressão foram detidos e acusados por “tentativa de homicídio culposo”, o que provavelmente mudará após a morte da vítima.
Dois supostos cúmplices também foram detidos, acusados de “não prestar ajuda a uma pessoa em perigo”.
Protesto em Israel
Milhares de pessoas se reuniram neste sábado (11) na praça Rabin de Tel-Aviv para protestar contra a gestão do novo coronavírus pelo governo.
A polícia israelense não deu estimativas sobre o número de manifestantes, mas a emissora de TV pública Kan 11 indicou que havia milhares de pessoas na praça. A maioria dos manifestantes usava máscara, mas não manteve o distanciamento.
Trezentos agentes foram mobilizados para proteger os manifestantes, manter a ordem pública e supervisionar o cumprimento das medidas de distanciamento social por causa da Covid-19, informaram autoridades policiais.
Quem são os participantes
O protesto foi organizado por grupos de trabalhadores independentes, de pequenas empresas, mas também de artistas que se sentem abandonados pelo governo após terem sido obrigados a fechar seus estabelecimentos comerciais por causa da pandemia.
Grêmios estudantis também aderiram em um contexto em que muitos jovens estão sem trabalho.
O desemprego em Israel disparou nos últimos meses e passou de 3,4% em fevereiro para 27% em abril, antes de cair sutilmente em maio para 23,5%.
Israel impôs em meados de março um confinamento estrito, mas em maio suspendeu algumas restrições. No entanto, teve que voltar a aplicá-las recentemente com o aumento no número de casos.
O país, que tem nove milhões de habitantes, registrou o primeiro caso de coronavírus em 21 de fevereiro e desde então contabiliza mais de 36.000 contagiados, com 350 falecidos.