Terça-feira, 28 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2025
Uma mulher foi presa em flagrante no Aeroporto Internacional de Brasília no último domingo (26), após afirmar que “havia uma bomba” dentro da sua mala. Ela foi detida pela Polícia Federal (PF) que atua no terminal por atentado contra a segurança de transporte aéreo.
A Polícia Federal disse que foi acionada na tarde de domingo, após duas passageiras, durante o procedimento de check-in, afirmarem que portavam uma bomba em suas bolsas. “Imediatamente, foi realizada a verificação por raio-X e inspeção manual das bagagens, sendo constatado que não havia qualquer artefato explosivo”, disse a PF. A declaração, feita no guichê da Azul Linhas Aéreas, mobilizou agentes da Polícia Federal e interrompeu temporariamente o atendimento.
Diante da gravidade da declaração e em observância aos protocolos de segurança aeroportuária, as passageiras foram conduzidas até a Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde foram adotados os procedimentos de polícia judiciária cabíveis.
“Uma das passageiras foi presa em flagrante e indiciada por crime que consiste em expor a perigo aeronave ou praticar ato capaz de impedir ou dificultar a navegação aérea – conduta que representa grave violação à segurança do transporte aéreo e pode gerar consequências severas tanto no âmbito penal quanto administrativo”, afirmou a PF.
Quem é a mulher?
Karyny Virgino Silva, que embarcaria em um voo com destino a Confins (MG), é servidora do Banco do Brasil, onde trabalha como bancária, e foi presa em flagrante por atentado contra a segurança de transporte aéreo. Os agentes realizaram uma inspeção completa em sua bagagem e em seus pertences, mas nenhum artefato explosivo foi encontrado.
Outra mulher que acompanhava a servidora também foi revistada, mas acabou liberada. Após a prisão, Karyny foi levada à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde prestou depoimento.
Em nota, a Azul afirmou que “medidas como essas são necessárias para garantir a segurança das operações”. O Banco do Brasil optou por não comentar o caso.
O que diz a defesa?
A defesa de Karyny pediu liberdade provisória, destacando que ela não possui antecedentes criminais e mantém residência fixa, mas, até a manhã dessa segunda-feira, o pedido ainda não havia sido concedido.
A juíza federal Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves declarou que o episódio não está sob a competência da Justiça Federal. O crime pelo qual a servidora foi presa prevê pena de dois a cinco anos de reclusão.
Apesar da falsa ameaça, o funcionamento do aeroporto não foi prejudicado. As operações e os voos programados seguiram normalmente durante todo o domingo. As informações são dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.