Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2016
Após uma contagem regressiva de 30 a zero, cerca de 3 mil manifestantes, a maioria mulheres carregando flores nas mãos, marcharam nesse domingo pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para protestar contra a cultura de estupro, pedir justiça para os casos que envolvam violência contra a mulher e exigir políticas públicas que garantam a educação de gênero nas escolas brasileiras. “Marcha das Flores – 30 Contra Todas”. O protesto foi motivado pelo caso da jovem de 16 anos, supostamente estuprada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro.
O manifesto era formado principalmente por mulheres, mas também contou com participação de homens e crianças. Durante o ato, os participantes exibiram faixas com frases como “a culpa nunca é da vítima”, “estupro fere o corpo e mata a alma” e “queremos políticas públicas para as mulheres”.
Sob gritos de ordem como “mexeu com uma, mexeu com todas”, as manifestantes seguiram até o STF (Supremo Tribunal Federal), onde derrubaram as grades que cercavam o local e tomaram a frente do edifício, sobre o qual foram fixadas calcinhas pintadas de vermelho, em uma alusão à violência sexual contra a mulher.
A estátua de Têmis, a deusa da Justiça, que fica em frente ao STF, teve o colo coberto por flores e pelos cartazes das manifestantes.