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Acontece Museu Julio de Castilhos retira de exibição as botas do gigante para restauro

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A peça popular do acervo, que atualmente ocupava o Gabinete de Curiosidades do museu, foi retirada depois de mais de cinco décadas em exposição constante

Foto: ARIEL/ ASCOM MJC

As vitrines expositivas do Museu Julio de Castilhos (R. Duque de Caxias, 1205, centro da capital) se despediram das “Botas do Gigante”. A peça popular do acervo, que atualmente ocupava o Gabinete de Curiosidades do museu, foi retirada depois de mais de cinco décadas em exposição constante.

Por estar há tanto tempo em exibição pública, a peça – um par de botas feitas em couro – foi degradando, resultado natural de seu contato com a luz e a poeira. Agora, ela passará por um processo de conservação, a fim de preservar a sua materialidade. Enquanto isso, apesar de estar fora de um ambiente expositivo, permanece às vistas do público. Seu tratamento será feito dentro da Reserva Técnica 2 do museu, que possui uma parede de vidro, possibilitando que os visitantes enxerguem o ambiente de guarda do MJC.

A diretora do museu, a museóloga Doris Couto, salienta que é possível vermos, no futuro, a bota voltar aos olhos do público. “A ideia é que retorne em um contexto narrativo onde ela seja exposta para falar sobre a diversidade, não se tratando mais do exótico”, adianta Doris. Essa futura exibição, contudo, deverá ser temporária, já que a peça não aguentaria mais um longo período de exposição ao ambiente.

As botas pertenceram a Francisco Ângelo Guerreiro, um homem de 2,17m de altura diagnosticado com gigantismo acromegálico. Os pés de Guerreiro, que nasceu em Cruz Alta em 1900, mediam 38 cm de comprimento e o tamanho do solado de suas botas equivale ao nº 56. Durante a vida, o homem trabalhou, inclusive, como atração de circo. No entanto, a condição de Francisco era cheia de fragilidades. Por causa do gigantismo sentia-se fraco, sofria com falta de ar, enxergava pouco e tinha muitas tonteiras. Ele morreu no Rio de Janeiro, em 1926.

Um novo lar para outras peças
Com a saída das botas de exposição, o Gabinete de Curiosidades do MJC agora recebe os Signos da República. A mostra é composta por peças que foram emprestadas pelo museu e enviadas para Brasília para a exposição “A República e o Supremo”, organizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro, para a comemoração dos 130 da Proclamação da República. Entre as peças, estão o modelo da primeira bandeira republicana e a sela de montaria do Marechal Deodoro da Fonseca, utilizada na abertura da Constituinte no Rio de Janeiro e na comemoração do primeiro aniversário da Proclamação da República, em 1890.

A exposição converge com as práticas museológicas, que coloca em isolamento as peças que retornam ao museu depois de empréstimos, para evitar a contaminação do resto do acervo. A exposição do Gabinete de Curiosidades fica até março de 2020, onde os visitantes poderão ter contato com parte importante do acervo em termos da história do Brasil.

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https://www.osul.com.br/museu-julio-de-castilhos-retira-de-exibicao-as-botas-do-gigante-para-restauro/ Museu Julio de Castilhos retira de exibição as botas do gigante para restauro 2019-12-23
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