Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A polícia vê uma tentativa de homicídio no ataque à comitiva de Lula: tiros atingiram dois ônibus

Compartilhe esta notícia:

Lula reagiu ao episódio: “Se pensam que com isso vão acabar com a minha disposição de brigar, estão enganados.” (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Responsável pela investigação sobre o ataque a tiros à comitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná, o delegado Fabiano Oliveira, de Laranjeiras do Sul, informou na noite desta terça-feira (27) que vai tratar o caso como tentativa de homicídio. Segundo o delegado, foram constatados três tiros em dois veículos, e uma marca de pedrada no vidro de um dos ônibus.

Ainda de acordo com o delegado, um dos tiros foi disparado por arma mais forte, calibre 380, e os outros são de arma de calibre menor, possivelmente 22.

“Foram pelo menos duas pessoas na ação, porque há tiros nos dois lados de um dos ônibus. O caso vai ser tratado como tentativa de homicídio”, afirmou Fabiano Oliveira.

Relatos de pessoas que estavam dentro de um dos veículos, que levava jornalistas brasileiros e estrangeiros convidados pela comitiva, o carro recebeu um tiro na lataria e ainda apresentava uma espécie de arranhão no vidro, o que o delegado confirmou como pedrada.

Ainda segundo testemunhas, o outro ônibus, com parlamentares e convidados, apresenta uma marca de tiro na lataria, pouco abaixo das janelas. Lula estava em um terceiro ônibus, que não recebeu nenhum disparo de arma de fogo.

A Polícia Civil do Paraná informou que será aberto um inquérito para apurar os fatos. Em nota, disse ainda que a comitiva não havia pedido escolta, o que foi negado por Márcio Macedo, coordenador da equipe do ex-presidente Lula.

Segundo Antônio Soares, motorista que dirigia o ônibus com os jornalistas, assim que o veículo foi atingido todos pensaram se tratar de uma pedrada. Ele contou ainda que, em seguida, verificou que dois pneus também foram furados por objetos pontiagudos.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, cobrou providências a respeito do episódio. “Vou pedir (ao governo do Paraná) que existam cuidados adicionais. Nós não podemos admitir confrontos. É absolutamente anti-democrático. É preciso ter respeito.”

O ex-presidente Lula também reagiu ao episódio. “Se pensam que com isso vão acabar com a minha disposição de brigar, estão enganados.”

Caravana

Depois de uma segunda-feira (26) marcada por tumultos, ovos, pedras e bombas de gás lacrimogêneo, o ex-presidente Lula disse esperar confusão em Curitiba (PR), destino final da sua caravana pelo Sul do País. O petista declarou que defende a paz, mas que não aceitará apanhar.

“Nós vamos terminar nossa caravana em Curitiba. Eu já sei que vai ter confusão. Nós somos de paz. Agora, a única que coisa que nós não aceitamos é virar a outra face. Nós não queremos bater, não nascemos para bater. Mas, também não queremos apanhar”, disse Lula em Foz do Iguaçu na noite de segunda.

“O que nós queremos é estabelecer uma política de ordem. O que nós queremos é ensinar as pessoas a conviverem democraticamente na diversidade. O que não queremos é que as pessoas se desentendam por posições políticas diferentes. O que não pode acontecer é sermos inimigos de nossos adversários. Assim não iremos construir a democracia”, declarou o ex-presidente.

A caravana petista que tem circulado pelo Sul do País há uma semana chegou no Oeste do Paraná. A recepção ao ex-presidente Lula foi marcada por atos de protesto de manifestantes que precisaram ser contidos sob forte aparato policial. Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram disparadas para dispersar pessoas aglomeradas próximas ao acesso do prédio em que o político iria discursar. Eles haviam rompido o isolamento e se aproximado do outro grupo para atirar ovos e pedras.

Ao lado do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo e do ex-ministro das Relações Exteriores da Argentina Jorge Tayana, Lula defendeu o projeto petista de governo e acusou opositores de perseguição. “O que está em jogo é a soberania do Brasil. Não querem prender o ex-presidente Lula. Querem prender e destruir tudo o que representa a nossa eleição”, bradou.

A passagem do ex-presidente pelos Estados do Sul tem sido marcada por protestos. No domingo (25), ônibus de apoiadores foram recebidos com ovos em Santa Catarina.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Tiros assustam moradores na Orfanatrófio
Pai e filha são mortos em tentativa de assalto em Porto Alegre
https://www.osul.com.br/nao-queremos-bater-mas-tambem-nao-nascemos-para-apanhar-disse-lula-em-caravana-foz-do-iguacu/ A polícia vê uma tentativa de homicídio no ataque à comitiva de Lula: tiros atingiram dois ônibus 2018-03-27
Deixe seu comentário
Pode te interessar