Armando Burd Não sabem o que dizer

"O presidente despreza os limites do bom senso por sua incontinência verbal", disse o tucano FHC. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Está aberta a bolsa de apostas: levará a bolada quem descobrir qual será o primeiro candidato à Presidência da República a falar com clareza e objetividade sobre os rumos da Previdência Social. A possibilidade de que nenhum se pronuncie fica incluída entre as opções e é a mais provável.

Reciprocidade

A hipótese de apoio do PSB a Eduardo Leite tem vínculo com o que ocorre em São Paulo. O tucano Geraldo Alckmin renunciou ao governo para concorrer ao Planalto e em seu lugar entrou o socialista Márcio França.

Negócio arriscado

A partir de manhã, pré-candidatos às eleições de outubro poderão iniciar a busca por financiamento coletivo de campanha. Nove entre cada dez dos tradicionais patrocinadores de campanhas ficarão na retranca. Acreditam que não dá para ir atrás de trapalhadas.

Buscarão a fórmula

Assunto para os candidatos ao Palácio Piratini examinarem: levantamento da Gazeta do Povo, de Curitiba, publicado na edição de ontem, mostra que o Maranhão é o estado que paga a remuneração inicial mais alta do país para professor de 40 horas. São 5 mil e 750 reais.

Ex-ministro deve mudar a rota

Sabendo que as chances para a Presidência da República são escassas, assessores de Henrique Meirelles aconselharam ontem que concorra ao governo de São Paulo. Enfrentaria João Doria, que permaneceu 15 meses fantasiado de prefeito, como dizem seus críticos. Em eventual 2º turno com o tucano, Meirelles, por quem Lula tem grande admiração, ganharia os votos do PT e da centro-esquerda para se eleger.

Não entendem

O que os candidatos à Presidência precisam perceber: só falar pela nação pode ser o contrário de ouvir a nação.

Conhecem os riscos

Políticos experientes costumam dizer aos candidatos novatos e com chances: nunca tripudiem do jacaré antes de terminar a travessia do rio.

  Venceu o desafio

No próximo sábado, serão assinalados 25 anos da nomeação de Fernando Henrique Cardoso para o cargo de ministro da Fazenda. Tinha o compromisso de derrubar a inflação e conseguiu com o lançamento do Plano Real. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, publicado no final de 1995, afirmou que “ao contrário da maioria dos planos anteriores, o Real partiu de um diagnóstico correto acerca das origens do processo inflacionário: o desequilíbrio das contas públicas”.

Devem se justificar

Em 2019, a aprovação da lei que restabeleceu o pluripartidarismo no país completará 40 anos. Será uma boa oportunidade para avaliar o papel das 35 legendas registradas no Tribunal Superior Eleitoral, denunciando as que existem apenas para se beneficiar com favores e receber dinheiro público do Fundo Partidário.

Puxaram o freio

Desde 1979, houve mais de 140 tentativas de registrar partidos. Naufragaram na busca de atingir apoio de 0,5 por cento dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) da última eleição à Câmara dos Deputados, como manda a lei. Foi neste momento que a ilusão se esvaiu.

Com o descrédito da Política, a meta se torna inatingível. Desapareceram as mesinhas com folhas para colher assinaturas em esquinas de grandes e pequenas cidades. Na maioria das últimas tentativas, os voluntários ouviram ofensas.

É visível

Partido político que tem um pouco de tudo acaba tendo muito de nada. Vira um aglomerado de tendências e interesses particulares. Uma espécie de sistema minado por sintomas de deficiência imunológica.

Radiografia nebulosa

Os episódios canhestros de distribuir cargos públicos a incapazes revelaram a pobreza da política, levada aos mais baixos degraus.

Voltar Todas de Armando Burd

Notícia Anterior

Temer corre atrás do prejuízo

Próxima notícia

Recomeça com força