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Política “Não se combate crime organizado cometendo crime”, diz o ministro do Supremo Gilmar Mendes

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Ministro do STF defende fortalecimento do Coaf e integração entre órgãos de repressão e fiscalização no combate à corrupção

Foto: Andressa Anholete/STF
(Foto: Andressa Anholete/STF)

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta quarta-feira (25) que o combate ao crime organizado deve ser integrado e feito com enfrentamento técnico e estratégico, sem espetacularização ou ações ilegais.

“Não faz sentido apenas o uso da força bruta […] Não se combate o crime cometendo o crime”, afirmou o magistrado durante seminário da Esfera Brasil promovido para discutir o crime organizado no Brasil.

“O grande esforço agora é um esforço de coordenação. Nós temos bons exemplos de coordenação em várias áreas do sistema federal. E acho que nós vamos também conseguir fazer essa integração entre órgãos federais, estaduais, polícia federal e polícia estadual nesse sistema”, completou.

Nesse contexto, Gilmar também reforçou o papel de órgãos como o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e o rastreamento do dinheiro que alimenta o crime organizado.

“O que se destaca nesse estudo da Esfera é a ênfase na inteligência financeira, o combate ao crime organizado ou a fórmula inglesa, o follow the money, que é fundamental que haja organizações e aí a importância de papel de instituições como Receita Federal, o fortalecimento do próprio Coaf, Banco Central, e que as instituições por onde possam ter bancos, fintechs, elas cumpram seus deveres de comunicação”, declarou.

O número de operações suspeitas comunicadas ao Coaf aumentou 766,6% em nove anos. Em 2015, foram registrados 296.183 alertas. Em 2024, esse número já passava de 2.566.713.

Os dados constam no estudo “Lavagem de dinheiro e enfrentamento ao crime organizado no Brasil: reflexões sobre o Coaf em perspectiva comparada”, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Esfera.

A conclusão do levantamento é pela necessidade de incluir, com urgência, na agenda pública o fortalecimento da articulação entre os órgãos de inteligência financeira e de segurança pública.

As Comunicações de Operações em Espécie também tiveram crescimento exponencial, de 353,6%. Passou de 1.085.986 em 2015 para 4.926.013 em 2024. A mesma proporção se vê no número de RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira): Subiu de 4.304 em 2015 para 18.762 em 2024.

Os RIFs são documentos produzidos pelo Coaf que reúnem dados de análises financeiras e contribuem para identificar possíveis práticas ilegais, como a lavagem de dinheiro.

Apesar desse aumento significativo de atividades, o estudo detalha que o número de servidores que atuam no órgão continua aquém das necessidades operacionais e analíticas impostas pelo cenário brasileiro.

“O país apresenta desafios de grande complexidade, especialmente no que diz respeito ao crescimento do poder econômico de organizações criminosas vinculadas ao narcotráfico, cujos mecanismos de lavagem de dinheiro tornam-se mais sofisticados a cada dia com o uso intensivo de novas tecnologias para lavagem de capitais, como criptoativos, fintechs e apostas online”, diz o relatório.

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https://www.osul.com.br/nao-se-combate-crime-organizado-cometendo-crime-afirma-o-ministro-do-supremo-gilmar-mendes/ “Não se combate crime organizado cometendo crime”, diz o ministro do Supremo Gilmar Mendes 2025-06-25
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