Segunda-feira, 17 de junho de 2024
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A irresponsabilidade de Cristina Kirchner, no poder desde 2007, deixa ao sucessor Mauricio Macri, adversário político que assumirá dia 10 deste mês, um campo minado: o Banco Central da Argentina vazio e o país sem acesso imediato a financiamento externo.
Em um documento secreto, a União Industrial Argentina, entidade que reúne os principais empresários do país, reconhece que “as reservas são negativas e em 2016 haverá queda de produção”.
O texto, de 20 páginas cheias de gráficos, apresenta conclusões de tanta sinceridade que nenhuma cópia foi distribuída e apenas um exemplar ficou guardado no cofre da sede da União.
Macri enfrentará pesadíssima herança de Cristina, cuja gestão fica marcada por escândalos, populismo e incompetência. Causam espanto a evaporação dos dólares e a ausência de reservas no Banco Central.
A deterioração progressiva da economia é motivo suficiente, entre outros, para afastar o sonho de Cristina liderar a oposição e retornar nas eleições de 2019. A inflação se aproxima dos 30 por cento em meio a um florescente mercado paralelo de divisas.
Acumulam-se problemas fiscais, monetários, de financiamento e investimento, agravados por orçamento de difícil execução e leis que restringem a venda das ações do Estado em empresas.
A Argentina está em frangalhos. O autoritarismo da presidente manipulou o equivalente argentino do IBGE, acossou a imprensa independente e aviltou o Poder Judiciário. Ela deixa ainda como legado o crescimento zero nos dois últimos anos.
Pobre Macri!
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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