Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2021
Em novo acordo, a Nasa (a agência espacial norte-americana) e a Axiom Space afirmam o compromisso de realizarem a primeira missão privada de astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) antes de janeiro de 2022. O voo espacial, chamado Axiom Mission 1 (Ax-1) transportará quatro tripulantes através de uma nave Crew Dragon, que será lançada pelo foguete Falcon 9 – ambos da empresa SpaceX –, até a ISS como parte do Programa de Tripulação Comercial da agência norte-americana.
A tripulação da missão Ax-1 ficará hospedada na Estação Espacial Internacional durante oito dias. Para isso, a Axiom pagará pelo suprimento, entrega de carga para o espaço, armazenamento e outros recursos usados durante o período a bordo. “Estamos entusiasmados em ver mais pessoas tendo acesso ao voo espacial através desta primeira missão privada de astronauta para a estação espacial”, disse Kathy Lueders, administradora associada para exploração humana e operações da Nasa.
Segundo Michael Suffredini, presidente e CEO da Axiom, a primeira tripulação privada a visitar a Estação Espacial Internacional é um momento decisivo na expansão da humanidade para fora do planeta, e a empresa está muito satisfeita pela parceria estabelecida com a agência norte-americana. “Um próspero mercado comercial em órbita baixa da Terra começa com a expansão do acesso a usuários sérios e não tradicionais, e esse é exatamente o objetivo de nossas missões privadas de astronautas”, acrescentou Suffredini.
A princípio, os nomes levantados pela Axiom para composição da tripulação da Ax-1 são Michael López-Alegría, Larry Connor, Mark Pathy e Eytan Stibbe. Em seguida, estes nomes serão avaliados pela Nasa e seus parceiros internacionais, com os aprovados posteriormente sendo submetidos a testes de qualificação médica. Se passarem destas etapas, os quatro serão treinados para conhecerem e entenderem as especificidades dos sistemas, procedimentos e preparação para casos de emergência. Conforme o atual planejamento da missão, este treinamento começa por volta do final do mês de junho.
Foguete chinês
As empresas, tanto privadas, como públicas, estão numa incessante corrida à exploração do espaço. Contudo, é preciso cautela, porque as missões podem surpreender pela negativa. Foi o caso do já muito mencionado foguete chinês que estava numa queda descontrolada, tendo os seus destroços aterrado perto das Maldivas.
Após a China anunciar que os destroços do seu foguetão Long March 5B estavam em queda descontrolada, o mundo ficou alerta, uma vez que podiam cair em qualquer parte. Embora tenham caído nas Maldivas, no Oceano Índico, e não tenham realmente ferido ninguém, o que aconteceu deve ser evitado a todo o custo, porque não é suposto que a exploração espacial ponha em risco as pessoas da Terra.
Nesse sentido, o administrador da Nasa exprimiu as suas preocupações relativamente a eventos deste tipo. Numa declaração, Bill Nelson disse que “as nações que exploram o espaço devem minimizar os riscos para as pessoas e bens na Terra de reentradas de objetos espaciais, e maximizar a transparência relativamente a essas operações”.
Além disso, referiu que é essencial que todas as nações e entidades comerciais de exploração do espaço atuem de forma “responsável e transparente para garantir a segurança, estabilidade, proteção e sustentabilidade a longo prazo das atividades do espaço”.