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Armando Burd Negociação humilhante para os Estados

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O direito de votar este ano dependerá do coronavírus. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governo federal reconhece, finalmente, que precisa ressarcir aos Estados valores da Lei Kandir, que isenta a cobrança do ICMS na exportação de produtos não industrializados. Mesmo assim, quer passar novo calote. Dos 60 bilhões de reais que deve ao Rio Grande do Sul, não se dispõe a pagar mais do que 10 por cento ao longo de 16 anos. A aceitação por 15 governadores sacramenta a situação de falência dos estados. Contentam-se com qualquer proposta.

Dependendo do desconhecido

O Tribunal Superior Eleitoral mantém as datas de convenções, registro de candidaturas, propaganda e ida às urnas este ano. Depende apenas do calendário ainda desconhecido do coronavírus.

Péssimo sinal

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que o Produto Interno Bruto poderá cair 4 por cento se a paralisação passar de julho.

Durante crises, declarações de autoridades costumam ter viés otimista. Portanto, não haverá surpresa se a queda, infelizmente, for maior.

Descruzar os braços

Passada a crise do coronavírus, o grande desafio será a retomada dos empregos. Soluções pontuais se tornarão inócuas. Haverá necessidade de uma lei de reestruturação industrial, cuja concepção não pode se restringir às salas fechadas de tecnocratas em Brasília. Eles costumam usar o raciocínio simplório. Dificilmente entenderão a perplexidade do momento. A busca de soluções viáveis precisará contar com a participação dos empreendedores para reduzir a burocracia e encorajar o setor privado com medidas práticas.

Efeitos

Em meio à polêmica sobre as várias receitas para se livrar do coronavírus, vale lembrar: a palavra farmácia vem da Grécia Antiga. Designava substância capaz de provocar transformações, para o bem ou mal. Não mudou muito, quando a prescrição é incorreta.

Trocou o perfil

Se havia debate de tema polêmico na Câmara, o DEM escalava Luiz Henrique Mandetta, que exerceu dois mandatos como deputado federal. Com um minuto na tribuna incendiava o plenário. Postura bem diferente do ministro da Saúde que admite todos os tipos de provocações e se mantém imperturbável.

Noção do dever

O combate ao coronavírus tem incontáveis heróis. O médico intensivista Ismael Perez Flores, de São Paulo, é um deles. Sua declaração ao Portal G-1 emociona:

“Em algum momento eu vou me contaminar. Não dá para dizer que não tenho medo, todo mundo tem medo de ficar em estado grave com coronavírus, é inevitável. Mas você tem de estar preparado para lidar com essa situação. É resiliência mesmo: você sabe que pode ficar doente, mas tem de continuar trabalhando. (…) Nem só de mortes é feito o dia a dia nos hospitais. Recuperar um paciente em estado grave é uma sensação indescritível de felicidade”.

Medo há 102 anos

Kelowna é uma cidade da região Oeste do Canadá. Foi fundada em 1859 e tem 96 mil habitantes.

O jornalista e amigo Carlos Brickmann, de São Paulo, localizou esta nota, assinada pelo prefeito de D.W. Sutherland e publicada no dia 19 de outubro de 1918:

“É dado o aviso de que, a fim de impedir a propagação da gripe espanhola influenza, todas as escolas, públicas e privadas, igrejas, teatros, salas de cinema, salas de bilhar e outros locais de diversão e reuniões devem ser fechados até novo aviso. Todas as reuniões públicas compostas por dez ou mais membros estão proibidas.”

Ruído no comando

A 11 de abril de 2000, o presidente Fernando Henrique Cardoso enfrentou uma crise no núcleo do poder e demitiu o ministro da Justiça, José Carlos Dias para nomear José Gregori. Dias se rebelou contra o secretário nacional Antidrogas, Walter Maierovitch, seu subordinado, que divulgou antecipadamente uma operação secreta de combate ao narcotráfico na fronteira do Brasil com a Bolívia e que acabou suspensa. Dias pediu a saída de Maierovitch, negada por Fernando Henrique.

Virada do vento

Partidos e candidatos repetiram durante anos: “Nossa campanha é do tostão contra o milhão”. Com a penúria de agora, espera-se que não apareçam nem os tostões.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/negociacao-humilhante-para-os-estados/ Negociação humilhante para os Estados 2020-04-11
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