Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2020
Os Estados Unidos ultrapassaram nesta sexta-feira (30) a marca de 9 milhões de casos do novo coronavírus, de acordo com monitoramento feito pela Universidade Johns Hopkins. O país também registrou o maior número de infecções diárias: 97.088.
É o segundo dia seguido que os EUA batem o recorde de casos em 24h. Na quinta-feira (29), o número de diagnósticos da covid-19 também era o maior até então: 91 mil infecções foram confirmadas, com contabilização de registros diários superada já nesta sexta.
O país é o mais afetado no mundo pela doença. São 9.007.298 casos do novo coronavírus, segundo a contagem da universidade americana. A Índia é o segundo país com mais casos, com 8.088.851, seguida pelo Brasil, em terceiro, com 5.494.376 infecções, também de acordo a Johns Hopkins.
Eleições
As novas altas vêm em um momento de preocupação com a nova onda da pandemia durante o inverno no Hemisfério Norte. Na Europa, países como Alemanha e França retomaram medidas de confinamento para conter o avanço da doença. Nesta sexta, o governo da Bélgica anunciou um lockdownm, que deverá valer até o dia 13.
Além disso, a piora da pandemia chega a menos de uma semana das eleições presidenciais dos Estados Unidos, e o combate ao coronavírus se tornou um dos temas centrais da campanha.
O presidente Donald Trump, que tenta se reeleger pelo Partido Republicano, vem afirmando que a crise de saúde está perto de acabar e mantém comícios com milhares de pessoas. O candidato Joe Biden, do Partido Democrata, tem criticado a postura do governo americano na pandemia e defende o uso de máscaras por todo o país.
O republicano, inclusive, se recuperou recentemente da covid-19. O presidente chegou a ser internado e recebeu oxigênio.
Filho de Trump
Donald Trump Jr., filho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou equivocadamente ontem que as mortes por covid-19 diminuíram para “quase nada”, dia em que o país registrou mais de mil mortes por causa da doença.
Em uma entrevista à Fox News, o filho do presidente, candidato à reeleição, disse que os especialistas que têm falado sobre o aumento de casos são “realmente idiotas”.
“Analisei os dados do CDC porque sempre ouvia falar de novas infecções, mas pensei, ‘Bem, por que eles não estão falando sobre mortes?'”, disse Trump Jr., referindo-se aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. “Oh, oh, porque o número é quase nada. Por termos obtido o controle dessa coisa, entendemos como funciona. Eles têm a terapêutica para poder lidar com isso”, continuou.
“Reduziu-se a quase nada”, repetiu, acrescentando que os Estados Unidos estão “superando a Europa de uma forma positiva”.
Ele ainda ironizou os democratas, que fazem oposição ao governo de Trump e defenderam restrições para conter a disseminação do vírus. “Por que não fechamos por 10 ou 15 anos?” questionou ele.