Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2015
A nova fase da Operação Lava-Jato, deflagrada nesta segunda-feira (16) e batizada de Operação Corrosão, tem como objetivo buscar provas documentais sobre crimes cometidos dentro da Petrobras. Roberto Gonçalves, ex-funcionário da Área Internacional da petrolífera, e Nelson Martins Ribeiro, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal, foram presos por fraude, corrupção e desvio de dinheiro. Ambos serão levados para a Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR).
A 20ª fase da Lava-Jato cumpriu 18 mandados, sendo dois de prisão temporária, 11 de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva no Rio de Janeiro e na Bahia. Estes últimos contra ex-gerentes da Área Internacional e do setor de inteligência que, de acordo com as investigações, receberam valores indevidos de representantes de empresas com contratos relacionados às refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Pasadena, nos Estados Unidos.
“Hoje nós temos nomes de inúmeros funcionários que receberam propina”, afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, referindo-se a Pasadena, que gerou um prejuízo de 792,3 milhões de dólares à Petrobras.
Eles devem responder, por exemplo, por corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. De acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, há elementos para caracterizar uma razoável suspeita de que ex-funcionários tenham se envolvido no esquema de corrupção na petrolífera.
Para o delegado federal Igor Romário de Paula, esses ex-funcionários investigados nesta última fase deveriam trabalhar para evitar casos como o de Passadena. Quanto ao operador, o delegado afirmou que a investigação chegou até ele devido às movimentações financeiras nas contas de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. (AG)