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Brasil Nova regra para debates beneficia Bolsonaro e possível nome do PSOL na candidatura à Presidência da República

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O alto índice de indecisos contribui para o cenário de incertezas. (Foto: Divulgação/TSE)

Até outubro passado, Jair Bolsonaro, segundo colocado nas pesquisas, estaria fora dos debates com presidenciáveis nas eleições de 2018. Suas chances de participar dos confrontos televisionados eram tão nanicas quanto o Patriota, provável nova morada partidária do hoje deputado pelo PSC.

Mas a reforma política sancionada pelo presidente Michel Temer pode beneficiar legendas como o Patriota — que tem três deputados (a menor bancada da Câmara).

O texto que remodela o processo eleitoral diminui de dez para cinco o número mínimo de congressistas exigidos para uma sigla emplacar seu candidato nos debates na TV — que costumam turbinar a audiência das emissoras na campanha.

O debate que a Globo transmitiu no primeiro turno de 2014 teve média de 20,9 pontos (cada ponto correspondia a 65 mil domicílios na Grande SP).

Tamanha exposição se agiganta num pleito em que dois fortes concorrentes, Marina e Bolsonaro, têm 12 e 10 segundos no bloco de 12 minutos e 30 segundos da propaganda — isso se não aliciarem outras legendas para suas chapas —, menos de um décimo do que teriam o PT de Lula e o PSDB de Geraldo Alckmin.

Outra facilitação: a nova lei agora fala em “representantes no Congresso Nacional”, ou seja, vale somar não só deputados, mas também senadores. Graças à nova regra, a Rede de Marina Silva atingiria a meta: tem quatro na Câmara e Randolfe Rodrigues no Senado.

Só que tudo pode mudar em março, mês da chamada “janela partidária” — quando o parlamentar pode trocar de partido sem ser punido com a perda de seu mandato.

É nessa troca que a Rede pode perder. Dois de seus quatro deputados, Alessandro Molon e Aliel Machado, cogitam deixar a legenda.

O horizonte do Patriota é mais generoso. Só a ida de Bolsonaro e seu filho Eduardo, também deputado federal, já fecham o número de cinco congressistas que garante vaga em debates.

Trauma

Caso convença Guilherme Boulos a se candidatar, o PSOL e seus seis deputados lhe garantem espaço nos debates. O partido tem um trauma recente nesse departamento.

Marcelo Freixo era o segundo colocado na eleição municipal carioca de 2016, mas seu partido não tinha a cota parlamentar demandada. Até havia uma brecha: a lei abria exceções se dois terços dos candidatos garantidos no duelo concordassem. Não rolou.

No dia do debate da Band, Freixo promoveu conversa paralela na Cinelândia, transmitida pela internet. No fim, acha que saiu no lucro, diz o psolista, de volta à Assembleia do Rio. “A audiência nas redes sociais foi maior que toda [a da emissora]. E os meios de comunicação, inclusive a Band, cobriram meu debate.”

Diogo Rais, professor de direito eleitoral na Mackenzie, lembra que em 2016, já após o debate que excluiu Freixo, o Supremo Tribunal Federal determinou que as emissoras não precisam de aval de concorrentes para chamar siglas pequenas. “O que por lei são obrigadas agora é convidar quem tiver os cinco representantes.”

Para Freixo, “não é inteligente vetar” candidatos expressivos. “É como Voltaire diz: posso discordar do que fala, mas defendo até a morte o direito de fazê-lo.”

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