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Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2017
A economia brasileira cresceu acima do esperado em outubro, mês de forte recuperação do varejo e da indústria, na comparação anual.
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) teve alta de 0,29% no mês em comparação a setembro, informou o BC nesta segunda-feira (18). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 2,33%.
O resultado foi melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters, que apontava recuo de 0,15% na comparação mensal, na mediana das projeções dos especialistas consultados.
No ano até outubro, a atividade econômica acumula alta de 0,85% ante o mesmo período do ano passado. Em 12 meses, a expansão registrada é de 0,26%.
Em setembro, o índice já havia apresentado desempenho acima do esperado. O BC, contudo, revisou o dado, reduzindo de 0,4% para 0,27%.
Com o resultado, a economia brasileira ficou praticamente estagnada no terceiro trimestre, porém tendo como pano de fundo a melhora dos investimentos, apontando fôlego da economia após longa recessão.
O desempenho em outubro foi positivamente influenciado pela melhora no desempenho do comércio e da indústria. Em outubro, o volume de vendas do varejo cresceu 2,5%, enquanto a produção industrial teve alta de 1,5%, em relação ao mesmo período do ano passado.
O IBC-Br incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
Indústria
A indústria teve um ligeiro crescimento em outubro, mas o resultado foi mais disseminado entre os setores do que anteriormente.
Segundo o IBGE, a produção industrial teve alta de 0,2% em outubro na comparação com setembro, com aumento na produção de 15 das 24 atividades pesquisadas.
Após primeiro semestre de comportamento errático, com altas seguidas de quedas, a produção industrial segue em rota de melhora gradual. É o segundo mês consecutivo de variação positiva.
Apesar do desempenho ter ficado abaixo do obtido no mês anterior —o IBGE revisou o dado de setembro de 0,2% para 0,3%—, a avaliação do órgão é que o indicador de outubro foi melhor porque, em setembro, apenas oito setores haviam tido alta.
Varejo
As vendas no varejo tiveram a sétima alta consecutiva na comparação anual em outubro, com crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado, divulgou o IBGE na quarta-feira (13).
No acumulado em 12 meses, a alta foi de 0,3%, revertendo a tendência de queda registrada desde abril de 2015. Móveis e eletrodomésticos foram os carros chefes da melhora, com alta de 5,2% nessa base de comparação.
O chamado varejo ampliado —incluindo materiais de construção e de veículos— apresentou sua sexta alta consecutiva na comparação anual, avançando 7,5% em relação a outubro de 2016.
“É uma melhora motivada pelo ganho de renda das famílias, que podem fazer reformas em seus domicílios. Enquanto a alta na venda de veículos é decorrência de melhores condições de financiamento para esse produto”, diz Isabella Nunes, gerente da pesquisa.