Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2021
A prefeitura de Nova York (EUA) vai passar a exigir comprovante de vacinação contra a covid-19 para pessoas que queiram comer em restaurantes, fazer atividades físicas ou frequentar lugares fechados, como cinemas e teatros.
Nova York é a primeira grande cidade dos Estados Unidos a impor tais restrições, que começarão a valer no dia 16 de agosto.
A medida foi anunciada nesta terça-feira (3) pelo prefeito Bill de Blasio, em meio a um aumento no número de casos de covid-19 devido à variante delta e a uma queda no ritmo da vacinação, que tem perdido força em todo o país.
Segundo o jornal The New York Times, a fiscalização passará a ser feita em setembro, após um período de transição, quando as escolas devem reabrir e mais trabalhadores poderão retornar ao trabalho presencial na ilha de Manhattan.
Ainda segundo o jornal, a prefeitura vai criar um “passaporte” que as pessoas precisarão apresentar para ter acesso a locais fechados. Medidas similares têm sido adotadas em alguns lugares, como na França, e gerado protestos.
100 dólares
De Blasio já havia anunciado na semana passada que a prefeitura vai pagar US$ 100 (cerca de R$ 500) para quem se vacinar. Esta medida entrou em vigor na última sexta-feira (30).
Dois terços dos adultos estão totalmente vacinados na cidade, uma taxa superior à média dos EUA, mas algumas áreas da cidade ainda apresentam baixas taxas de imunização.
Cerca de 2 milhões de nova-iorquinos ainda não se imunizaram contra a covid-19. “Os incentivos ajudam imensamente a aumentar a vacinação”, afirmou o prefeito em um pronunciamento.
Vacinação e delta
Um documento divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos responsável pelo combate às pandemias, aponta que a variante delta é tão transmissível quanto a catapora (e mais do que o ebola, a gripe comum e a varíola).
Além disso, os vacinados têm a mesma chance de transmitir o vírus do que os não-vacinados. Mas a imunização ainda é importante porque os vacinados tendem a não desenvolver casos graves da doença.
Segundo o CDC, apesar da capacidade de transmissão, as pessoas vacinadas estão mais protegidas contra a doença — e, se infectadas, têm uma chance bastante reduzida de hospitalização e morte.
Setenta por cento dos adultos dos Estados Unidos estão vacinados contra a covid-19 com pelo menos uma dose, atingindo a meta do presidente Joe Biden com cerca de um mês de atraso, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo CDC.