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Educação O novo ministro da Educação já defendeu educar crianças com dor

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Prisão de Ribeiro foi determinada por causa de um suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do MEC. (Foto: Reprodução/YouTube)

O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, já defendeu que crianças devem “sentir dor” ao serem educadas. De acordo com Ribeiro, a “correção” não será obtida por “métodos suaves”, com a exceção de algumas crianças “superdotadas” que entenderiam o argumento dos pais. Ribeiro foi nomeado ministro pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele é pastor da Igreja Presbiteriana.

“A correção é necessária pela cura. Não vai ser obtida por meios justos e métodos suaves. Talvez aí uma porcentagem muito pequena de criança precoce, superdotada, é que vai entender o seu argumento. Deve haver rigor, desculpe. Severidade. E vou dar um passo a mais, talvez algumas mães até fiquem com raiva de mim, (as crianças) devem sentir dor”, diz Ribeiro, em vídeo que circula nas redes sociais.

Depois de forte repercussão negativa, o ministro apagou a publicação, mas a medida foi inútil: cópias já circulavam na internet. O vídeo foi publicado originalmente em abril de 2016, com o título “A Vara da Disciplina”.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a utilização de “castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto”. Essa proibição foi estabelecida em 2014, por uma lei apelidada de Lei da Palmada.

No mesmo vídeo, Ribeiro rebate críticas de que ele estaria sendo “antipedagógico” afirmando que esses problemas são causadas pela ausência dos pais das crianças. De acordo com ele, é o homem que “aponta o caminho que a família vai”.

“Pastor, o senhor está sendo muito antipedagógico. Eu amo as crianças da minha igreja. Mas por que isso aconteceu? Os homens não estavam lá. Eles estavam em outro lugar. Quando o pai é ausente dentro da casa, o inimigo ataca. Quando o pai não impõe…Impõe, essa é a palavra, me desculpe, é a palavra usada, (quando não impõe) a direção que a família vai tomar…Não é que ele é o mandatário, que sabe tudo, não. Mas ele, o pai, o homem dentro de uma casa, segundo a Bíblia, o cabeça do lar, ele que aponta o caminho que a família vai.”

Em 2013, Milton Ribeiro atribuiu a uma “paixão louca” a atitude de um homem de 33 anos que matou dentro de uma escola uma adolescente de 17 anos por querer namorá-la. Ribeiro levantou a hipótese de que a menina “pode ter dados sinais a ele que estava apaixonada ou coisa do tipo” ao reproduzir involuntariamente um comportamento sexual que teria aprendido vendo televisão.

O novo ministro é pastor reverendo na Igreja Presbiteriana de Santos, litoral de São Paulo, o que foi considerado como um aceno ao grupo de evangélicos e à ala ideológica do governo, que cobravam um nome conservador para dirigir o MEC.

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