Terça-feira, 07 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2018
O número de mortos após o forte terremoto, seguido de uma série de outros tremores, e do tsunami que atingiram a ilha indonésia de Sulawesi subiu para 1.407. Enquanto equipes de resgate seguem mobilizadas em busca de sobreviventes, nesta quarta-feira (3) um vulcão situado na mesma ilha entrou em erupção.
O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio), Sutopo Purwo Nugroho, afirmou que as autoridades acreditam que “o número seguirá aumentando”. A quantidade de feridos graves que estão hospitalizados subiu para 2.549, e a de desaparecidos chega a 113. Além disso, 70.821 pessoas estão em 141 abrigos, e as autoridades já contabilizaram 65.733 casas destruídas.
A maioria das vítimas é de Palu, capital da província de Sulawesi, com uma população de aproximadamente 350 mil habitantes. O restante das vítimas é do distrito vizinho de Donggala e de partes de Sigi e Parigi Moutong. Na sexta-feira (28), uma série de terremotos atingiu a ilha. O mais forte deles, de magnitude 7,5, foi seguido de um tsunami com ondas que chegaram a 6 metros de altura.
Vulcão Sotupan
O vulcão Sotupan também está localizado na ilha de Sulawesi, mas a uma distância de cerca de 600 km da região atingida pelos terremotos e pelo tsunami de sexta. Ele emitiu uma coluna de fumaça e cinza de 4 mil metros de altura que se move em direção ao oeste do vulcão, onde as autoridades estabeleceram um raio de segurança de 4 km ao redor da cratera. A atividade do Sotupan coincide com a do Anak Krakatau, localizado no estreito de Sunda, entre as ilhas de Sumatra e Java, que nas últimas semanas registrou dezenas de erupções.
Sistema de alerta
O porta-voz da BNPB afirmou que 63% dos indonésios na região atingida não escutaram as sirenes de alerta de ondas gigantes. Ele acrescentou que 71% da população do país nunca fez uma simulação de resposta a desastres.
O centro de pesquisa alemão que desenvolveu o sistema de alerta indonésio afirmou que ele funcionou corretamente e que houve uma falha na comunicação entre as autoridades locais e as pessoas que estavam na costa.
Detentos
Pelo menos 1.200 detentos fugiram de três prisões diferentes na Indonésia, aproveitando a confusão gerada pelos terremotos. O anúncio foi feito na segunda-feira pelo governo.
Segundo um integrante do Ministério da Justiça, Sri Puguh Utami, os presos fugiram das penitenciárias de Palu, uma das mais atingidas pela catástrofe, e Donggala. A prisão de Palu foi construída para abrigar 120 pessoas. “Eles fugiram porque se assustaram com o terremoto”, declarou. Já a prisão de Donggala foi incendiada pelos próprios prisioneiros.
De acordo com o Ministério da Justiça, os presos estavam preocupados com suas famílias e queriam uma permissão especial para sair. Diante da demora da autorização, botaram fogo no estabelecimento, que abriga principalmente condenados por tráfico de drogas e corrupção. Uma terceira prisão do país foi atingida, mas as autoridades não deram maiores detalhes.