Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O acúmulo de vacinas com os países ricos gera perigo de prolongar a pandemia

Compartilhe esta notícia:

As unidades de saúde não abrem aos sábados. Os 21 postos de referência para imunização só retomam as atividades na segunda-feira, 1º. (Foto: Reprodução)

As vacinas contra o coronavírus só permitirão acabar com a pandemia se todos os países receberem doses de forma rápida e justa, alertaram vários especialistas. Em uma carta aberta publicada na revista The Lancet, seus autores consideram que o acúmulo de doses de vacina nos países mais ricos aumenta o risco de prolongar a crise.

Por causa deste “nacionalismo” de vacinas, o Covax — aliança da Organização Mundial da Saúde (OMS) destinada a distribuir vacinas contra a Covid-19 aos países mais pobres — poderia enfrentar uma falta de doses por vários anos.

“A verdade crua é que o mundo precisa de cada vez mais doses de vacinas anticovid do que nenhuma outra vacina na história para imunizar pessoas suficientes e alcançar a imunidade coletiva”, diz o autor principal, Olivier Wouters, da London School of Economics and Political Science. E segue: “A menos que as vacinas sejam distribuídas de forma mais igualitária, pode levar anos antes que o coronavírus esteja sob controle em nível mundial”.

Os países pobres têm grandes problemas para procurar as doses e administrá-las em suas populações, devido à falta de dinheiro e às carências em infraestruturas de transporte e armazenamento, especialmente para as vacinas RNA que devem ser conservadas a uma temperatura muito baixa.

Apesar dos investimentos públicos e privados sem precedentes no desenvolvimento e fornecimento de vacinas, o Covax estima que precisa de 6,8 bilhões de dólares a mais para conseguir entregar vacinas a 92 países em desenvolvimento.

Os autores da carta aberta, com base em dados comerciais disponíveis, destacam que os governos dos países ricos representam 16% da população mundial que obteve 70% das doses, ou seja, o suficiente para vacinar várias vezes cada um de seus cidadãos.

Segundo eles, as vacinas desenvolvidas pela China e Rússia podem ajudar a melhorar a situação, assim que forem aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O valor social de vacinas COVID-19 seguras e eficazes é enorme. No entanto, novas vacinas significarão pouco para indivíduos em todo o mundo se eles não puderem ser vacinados em tempo hábil. Este objetivo exige que as vacinas sejam acessíveis e estejam disponíveis para os países ao redor do mundo, e os governos tenham a capacidade administrativa e política para distribuí-las localmente”, escrevem os autores na conclusão da carta.

No começo de fevereiro, a Cruz Vermelha anunciou um plano de 100 milhões de francos suíços (cerca de R$ 600 milhões) para ajudar a imunizar 500 milhões de pessoas vulneráveis contra a Covid-19. A Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR) alerta que, se grandes regiões do planeta não tiverem acesso à vacinação, o vírus continuará circulando e sofrendo mutações, situação que pode levar ao desenvolvimento de novas cepas insensíveis às vacinas.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O governo do Amazonas prorroga o toque de recolher
Brasil registra 1.043 novas mortes por coronavírus e total de óbitos pela doença chega a 238.532
https://www.osul.com.br/o-acumulo-de-vacinas-com-os-paises-ricos-gera-perigo-de-prolongar-a-pandemia/ O acúmulo de vacinas com os países ricos gera perigo de prolongar a pandemia 2021-02-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar