Brasil O autor do atentado a Bolsonaro era ativo nas redes sociais criticando o presidenciável e outros políticos
Por Redação O Sul | 7 de setembro de 2018
O autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, criticava Jair Bolsonaro e políticos em geral nas redes sociais. Adélio Bispo de Oliveira nasceu em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, tem 40 anos e mora em Juiz de Fora. A polícia fez buscas na casa da família dele, em Montes Claros, na quinta-feira (6) à tarde.
Adélio tem um registro na polícia por lesão corporal, em 2013. Um sobrinha, que preferiu não se identificar, explicou que foi um desentendimento com um parente: “Mas em questão, assim, de ele ter arrombado a porta, foi porque eles trocaram a chave, porque tinha quebrado o segredo, e ele veio e quebrou a porta para entrar, porque ele tinha as coisas dele guardada aí… Aí eles entraram em luta corporal, foi chamada a polícia pra tá resolvendo a situação e por isso teve o boletim”.
A sobrinha contou que não via o tio há mais de três anos. que ele criticava a situação do país, mas não era agressivo: “Ele era bem, assim, descontente com a situação do país. Normal, não aparentava agressividade nenhuma, né? Até a gente tá procurando entender, né, na verdade, o que que tá acontecendo. Ele era uma pessoa totalmente do bem”.
Adélio tinha feito publicações recentemente nas redes sociais contra Jair Bolsonaro. Numa das mais recentes, critica o que o candidato disse numa entrevista. Ele escreveu: “Dá nojo só de ouvir”. Em outra, a crítica é a eleitores de Jair Bolsonaro.
Teorias sobre possíveis premonições
Em maio, Adélio publicou fotos do que parece ser uma manifestação, criticando políticos em geral. Ele aparece ao lado de um cartaz que pede a renúncia do presidente Michel Temer. Publicou ainda textos confusos, com teorias sobre possíveis premonições do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. As publicações também contém críticas à maçonaria.
Adélio não está filiado a nenhum partido político. Mas no Tribunal Superior Eleitoral, há registro de que ele foi filiado ao PSOL em Uberaba, de 2007 a 2014, quando pediu desfiliação.
Em nota, a presidência do PSOL declarou que o fato de Adélio ter sido filiado não muda em nada o posicionamento do partido em relação ao inaceitável atentado sofrido por Jair Bolsonaro. O PSOL manifestou repúdio ao atentado. A nota afirma ainda que independente do breve período de filiação, o psol defende que o responsável responda por seus atos.
