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Mundo O bilionário George Soros anunciou a criação de uma rede de universidades para promover a liberdade de expressão e combater ditaduras

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Húngaro-americano de 89 anos não poupou críticas a Bolsonaro. (Foto: Divulgação)

O bilionário húngaro-americano George Soros, 89 anos, anunciou a criação de uma rede universitária destinada a preparar estudantes para “promover a liberdade de expressão e enfrentar desafios globais atuais e futuros”. Denominada Osun (Open Society University Network), esses objetivos serão buscados por meio da integração de ensino e pesquisa de instituições ao redor do mundo.

Em um jantar durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), ele detalhou que investirá US$ 1 bilhão na iniciativa, que também “ajudará a combater os ditadores atuais e em gestação”, bem como as mudanças climáticas.

Soros mencionou como exemplo de alvo de sua rede de estudos o presidente brasileiro, com críticas às suas políticas ambientais. Ele também questionou a atual situação na Venezuela.

“Na América Latina, continua a ocorrer uma catástrofe humanitária, sendo que somente no início deste ano quase 5 milhões de cidadãos daquele país tinham emigrado, causando tremenda perturbação às nações vizinhas”, frisou. “Ao mesmo tempo, no Brasil, Jair Bolsonaro não conseguiu impedir a destruição das florestas tropicais do País, a fim de abri-las para a pecuária.”

“Acadêmicos em risco”

Soros pretende, ainda, abrir um programa específico para “acadêmicos em risco” que, na definição da fundação, são pesquisadores com alto nível de excelência que estão politicamente ameaçados.

De acordo com a fundação da Soros, a rede deverá promover a educação entre estudantes que mais precisam – dentre eles estão refugiados, deslocados, ciganos, população carcerária – e promover valores como a liberdade de expressão e a diversidade de crenças.

“Nossa maior esperança está no acesso a uma educação que reforce a autonomia do indivíduo, cultivando o pensamento crítico e enfatizando a liberdade acadêmica”, prosseguiu o bilionário. “Eu considero a Open University Network o projeto mais importante e duradouro da minha vida e gostaria de vê-la implementada enquanto ainda estou por aqui.”

O Bard College e a CEU (Universidade da Europa Central, também fundada por Soros, formarão o núcleo da nova rede, em parceria com a Arizona State University (Estados Unidos), líder mundial em ensino a distância, além de outras instituições ao redor do mundo, como a Universidade Americana da Ásia Central no Quirguistão e a Universidade Brac de Bangladesh.

Combate a ditaduras

Soros chegou a mencionar China, Estados Unidos e Rússia como países “nas mãos de ditadores atuais ou em gestação”. Segundo ele, “o maior e mais aterrorizante passo atrás” afeta a Índia, onde Soros acusa o primeiro-ministro Narendra Modi de criar “um Estado nacionalista hindu”.

Ele também criticou o presidente norte-americano, Donald Trump, “um golpista e narcisista que superaqueceu a economia de seu país, algo que não pode se manter por muito tempo fervendo”.

Nascido na Hungria em uma família judia que fugiu do regime nazista alemão (1933-1945), George Soros é conhecido por seu ataque especulativo contra a libra esterlina (Reino Unido) em 1992. Nos últimos anos, tornou-se alvo das críticas dos nacionalistas e dos adeptos de teorias conspiratórias, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.

 

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