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| O Brasil tem um prefeito cassado a cada nove dias

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Eleito em 2012 nas eleições municipais de Coari (AM), Adail Pinheiro (PRP) foi preso em fevereiro do ano passado, acusado de comandar uma rede de pedofilia. (Foto: reprodução)

Desde a última eleição municipal, 108 cidades tiveram que voltar às urnas fora de época porque o prefeito eleito em 2012 foi afastado do cargo. Em dois anos e meio, isso significou, em média, um chefe de Executivo municipal cassado a cada nove dias no País. O ritmo pode impressionar, mas o problema é ainda maior.

Esse número refere-se somente aos casos de perda de mandato decretados pela Justiça Eleitoral por irregularidades cometidas na campanha e que exigiram que um novo pleito fosse realizado. Muitos ocorreram sem que tivesse sido preciso convocar nova eleição. Outros prefeitos ainda perderam o mandato por infrações que extrapolam questões eleitorais, como corrupção, má gestão e até crimes hediondos. Para esses casos, entretanto, não existem estatísticas oficiais.

Levantamento realizado pelo jornal O Globo reuniu casos recentes de cassação de prefeitos que retratam essas três situações. O que une essas histórias é a instabilidade política instalada depois do afastamento da maior autoridade da cidade. Cajamar (SP), Coari (AM) e Restinga (SP) convivem há mais de um ano com um troca-troca do comando municipal.

No menor deles, Restinga, com cerca de 7 mil habitantes no interior paulista, o então prefeito Paulo Pitt (DEM) e a vice Luciene Fernandes (PRB) sofreram impeachment com oito meses de governo. Desde então, uma crise política toma conta do município. Ao todo, foram contabilizadas sete mudanças de comando até hoje. Além das idas e vindas do prefeito e da vice, amparadas por liminares judiciais, a população viu sentarem na cadeira de prefeito três presidentes do Legislativo.

Em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, a sexta troca de prefeito foi registrada neste mês. Tudo começou em janeiro de 2014, com a cassação por abuso de poder econômico, na eleição de 2012, do então chefe do Executivo municipal Daniel Fonseca (PSDB). Pelo mesmo motivo, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) cassou a segunda colocada, Ana Paula Ribas (PT).

À beira do Rio Solimões, no Amazonas, a rica Coari, que vive da receita de royalties da produção de gás e petróleo na região, é hoje um dos casos mais rumorosos de crise política pós-cassação. Quebra-quebra e até tentativa de incêndio da casa do antigo prefeito foram registrados neste ano.

Eleito em 2012, Adail Pinheiro (PRP) foi preso em fevereiro do ano passado, acusado de comandar uma rede de pedofilia. A partir daí, houve uma série de sucessões. O vice chegou a governar, mas logo renunciou. O poder municipal passou pelas mãos de dois presidentes do Legislativo até que, em abril deste ano, foi entregue ao segundo colocado, Raimundo Magalhães (PRB). (AG)

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https://www.osul.com.br/o-brasil-tem-um-prefeito-cassado-a-cada-nove-dias/ O Brasil tem um prefeito cassado a cada nove dias 2015-09-21
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