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Economia O consumo de eletricidade no Brasil pode ter queda de 5% a 12% neste ano, em meio a impactos da pandemia do coronavírus

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Analistas das instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central na semana passada também reduziram de 1,59% para 1,57% previsão de inflação para este ano. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O consumo de eletricidade, importante indicador da atividade econômica, pode ter queda de 5% a 12% no Brasil em 2020, em meio a impactos da pandemia de coronavírus sobre a demanda, apontou a consultoria especializada RegE.

A projeção, se confirmada, representaria um cenário bem pior que as últimas estimativas da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e de outros órgãos técnicos do setor, que no início de maio revisaram suas perspectivas e sinalizaram retração de 2,9% no uso de energia neste ano.

Até o final de março, as previsões de EPE, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) eram de recuo de apenas 0,9% no consumo.

A consultoria RegE apontou que a redução do consumo tem sido mais expressiva no mercado livre de eletricidade, no qual grandes clientes como indústrias negociam seu suprimento diretamente com geradores e comercializadores, o que será acompanhado por renegociações de contratos e até possível aumento da inadimplência nesse setor.

Comercializadoras de energia esperam um impacto negativo de R$ 5 bilhões neste ano devido a esses pedidos de flexibilização e ao menor consumo por parte de seus clientes como consequência do coronavírus.

Em meio à forte retração na demanda e também a um aumento da inadimplência com a pandemia, o governo tem negociado um pacote de apoio a distribuidoras de energia que deve envolver mais de R$ 10 bilhões em empréstimos de um grupo de bancos liderado pelo BNDES.

Impacto do PIB

A consultoria RegE, que tem entre os sócios um ex-diretor da Aneel, Tiago de Barros, avaliou que a desaceleração da economia impactará fortemente o consumo de energia elétrica, que poderia cair 4,7% em cenário considerado “otimista”.

Em visão “moderada”, o recuo na demanda poderia ser de 7,9%, enquanto um cenário “pessimista” poderia levar a um tombo de 12,3% no uso de eletricidade, segundo estimativas próprias da ReGe.

Em um cenário “normal”, sem a pandemia, o consumo de eletricidade poderia ter crescido 4,5% no país em 2020 — número em linha com as estimativas de EPE, ONS e CCEE no final do ano passado.

As projeções da consultoria levam em consideração uma queda de 3,6% no PIB brasileiro no cenário otimista e de 6,1% no moderado, enquanto a visão pessimista envolveria recuo de 9,5% na economia.

Economia em queda

A expectativa de analistas de mercado para o desempenho da economia brasileira neste ano é de uma queda de 5,89%, segundo boletim Focus publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira (25), contra queda de 5,12% na semana anterior.

Os economistas do mercado financeiro baixaram pela 15ª vez seguida a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o PIB de 2020, a expectativa de redução passou de 5,12% para 5,89%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

A nova redução da expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão.

Em 13 de maio, o governo brasileiro estimou uma queda de 4,7% para o PIB de 2020, tendo como base a perspectiva de que as medidas de distanciamento social terminarão no fim de maio.

O Banco Mundial prevê uma queda de 5% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 5,3%.

Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos.

Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 3,20% para 3,50%.

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