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Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2017
Depois de receber, nos últimos anos, duras críticas pela falta de representatividade feminina nas discussões, a organização do Fórum Econômico Mundial anunciou, nesta semana, que a próxima edição do encontro, marcada para janeiro em Davos, na Suiça, será presidida por sete mulheres.
Esta é a primeira vez em 48 edições do Fórum, criado na década de 1970, que todas as líderes nomeadas são mulheres. Em 2017, quando a participação feminina no encontro atingiu sua maior marca, apenas 20% dos 3 mil participantes eram mulheres.
Além da atual diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, foram selecionadas a secretária-geral da CSI (Confederação Internacional dos Sindicatos), Sharan Burrow; Fabiola Gianotti, diretora-geral da CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear); Isabelle Kocher, diretora- presidente do grupo francês de Energia Engie; Ginni Rometty, presidente e CEO da IBM; Chetna Sinha, fundadora e presidente do banco de desenvolvimento de micro-empresas Mann Desh Mahila; e a primeira-ministra da Noruega Erna Solberg. Elas serão responsáveis por presidir as sessões, definir o programa a ser debatido e guiar os painéis e discussões.
Em 2018, o tema princial do Fórum é a criação de um futuro compartilhado em um mundo fragmentado. “O 48º encontro anual do Fórum Econômico Mundial visa redirecionar os líderes de todas as esferas da vida para desenvolver uma narrativa compartilhada que melhore o estado do mundo. O programa, iniciativas e projetos da reunião estão focados em criar um futuro compartilhado em um mundo fragmentado”, anunciou a organização em sua página oficial na internet.
Christine Lagarde
A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) se tornou a primeira mulher a liderar a entidade em 2011, seguindo uma carreira no direito internacional e no governo francês. Em 2005 foi nomeada ministra do Comércio Exterior da França e, em 2007, tornou-se ministra das Finanças do seu país de origem.
Sharan Burrow
A secretária-geral da Confederação Internacional dos Sindicatos já foi presidente do Conselho Australiano de Sindicatos. É especialista em educação, educação especial, relações industriais e política social.
Fabiola Gianotti
A diretora-geral da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo, em 2016. Tem doutorado em física experimental de partículas. Ela foi incluída na lista das “100 mulheres mais inspiradoras” do jornal The Guardian, em 2011, e já foi incluída entre as “100 mulheres mais influentes” da revista Forbes.
Isabelle Kocher
A diretora- presidente do grupo francês de Energia Engie foi a terceira da lista internacional das “Mulheres mais poderosas” da revista Fortune, em 2016.
Ginni Rometty
A presidente e CEO da IBM é especialista em Ciência da Computação e Engenharia Elétrica.
Chetna Sinha
A fundadora e presidente do banco de desenvolvimento de micro-empresas Mann Desh Mahila, e da Fundação que leva o mesmo nome, é também economista, agricultora e ativista. Desde 1986 trabalha com comunidades marginalizadas.
Erna Solberg
A primeira-ministra da Noruega ocupa um lugar no parlamento de seu país desde 1989 – exceto durante o mandato como ministra de Governo Local e Desenvolvimento Regional (2001-2005). Desde 2004 é líder do Partido Conservador.