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Política O governador do Rio de Janeiro negou participação em esquema de desvios de recursos na Saúde e citou “interferência” de Bolsonaro

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A ADPF destacou que a Lei contra o abuso de autoridade não pode ser usada "como instrumento de intimidação ou de vingança". (Foto: PF/Divulgação)

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC-RJ), negou qualquer tipo de envolvimento no esquema de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública. Na manhã desta terça-feira, dia 26, a Polícia Federal deflagrou a Operação Placebo e esteve no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador. Quinze equipes da PF participaram da ação, que teve a finalidade de apurar os indícios de desvios em hospitais de campanha.

Investigações iniciadas no Rio pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado. O ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves foi preso em uma operação em 7 de maio.

“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”, afirmou o governador em nota oficial.

Witzel voltou a se defender, demonstrou indignação e falou mais sobre a situação em seu Twitter pessoal para falar mais uma vez sobre o assunto.

“Indigna-me o fato de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento. A interferência anunciada pelo presidente da república está oficializada”, disse.

No fim da manhã, Witzel mandou convocar todos os secretários para uma reunião de emergência às 14h. De acordo com a assessoria do Palácio Guanabara, essa reunião – que chamaram de encontro de secretariado –  já estava programada para acontecer às 11h, mas foi adiada para a tarde por conta das buscas e apreensões. Esse encontro de Witzel não estava na agenda oficial até 11h40. O último compromisso oficial do chefe do Executivo – e que estava no site do governo do Estado – foram despachos internos, às 8h de segunda (25).

Witzel acompanhou as buscas o tempo todo na residência oficial. Na casa, estavam a mulher e os três filhos — que não presenciaram as buscas. Depois de cerca de três horas, três viaturas da PF e uma da MPF deixaram o local. Os agentes recolheram dezenas de papéis que estavam na sede do governo (Palácio Guanabara) e também na residência oficial. O material foi levado para a sede regional da PF, na Praça Mauá, e depois seria encaminhado para a sede da corporação, em Brasília.

Vinicius Machado, um dos advogados que defende o governador Wilson Witzel, deixou o Palácio Laranjeiras pouco depois das 11h desta terça. Indagado se podia falar sobre a operação, o defensor disse que “infelizmente, não podemos dar mais detalhes”. Questionado sobre as apreensões feitas pela Polícia Federal, Machado disse que não poderia confirmar o que foi levado.

Os primeiros indícios de problemas nas contratações de emergência, sem licitação, feitas pela Secretaria estadual de Saúde, no início da pandemia, surgiram na dificuldade de acesso a dados públicos. O fato ocorreu no dia 9 do mês passado. Detectado o problema, a pasta informou que um servidor teria bloqueado o acesso por erro e teria instaurado uma sindicância para apurar as responsabilidades.

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