Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de abril de 2020
Mais um lote de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os profissionais que atuam no atendimento a pacientes de coronavírus chegou ao Rio Grande do Sul nesta semana. Com essa remessa, o governo do Estado já contabiliza mais de 870 mil unidades de máscaras faciais recebidas do Ministério da Saúde.
Os itens serão distribuídos pela SES (Secretaria Estadual da Saúde) aos municípios e hospitais. Além das máscaras, desde o início oficial da pandemia no Estado (primeira quinzena de março), o órgão já repassou a instituições de Porto Alegre e municípios do Interior mais de 1,1 milhão de luvas de procedimento, em látex.
Outros EPIs, como sapatilhas descartáveis, óculos de proteção transparentes em policarbonato e álcool-gel para pele e superfícies, também fazem parte dos carregamentos. As entregas são intermediadas pelas 19 CRSs (Coordenadorias Regionais de Saúde), que por sua vez acionam os municípios, responsáveis pelos prestadores locais de serviços de saúde.
Ainda sobre o álcool-gel: nesta quinta-feira, a SES recebeu 12 mil unidades do produto, doadas pela companhia Souza Cruz, que também garantiu o envio, por etapas, de outros insumos, como resinas para confecção de máscaras faciais. O lote tem valor total estimado em R$ 250 mil. A empresa também prometeu colocar a sua frota de veículos à disposição do Estado para o transporte de doações, insumos e equipamentos.
Judiciário
O Poder Judiciário gaúcho também se mobiliza para a causa. Em uma das ações, destinou R$ 127 mil à Fundação de Apoio da Escola de Engenharia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) para a produção de protetores faciais do tipo “faceshield” (escudo), que serão doados a hospitais para atendimento em casos relacionados à Covid-19.
O valor é proveniente das penas pecuniárias, repassadas por meio do GMF (Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário) da CGJ (Corregedoria-Geral da Justiça).
Conforme o juiz-corregedor Alexandre de Souza Costa Pacheco, coordenador do GMF, a iniciativa tem como prioridade direcionar recursos ao enfrentamento da pandemia. Ele destaca a importância das penas alternativas aplicadas a crimes de menor gravidade, não só para prevenir a reiteração criminosa, mas também como forma de retribuição à sociedade.
As VECs (Varas de Execuções Criminais) de todo o Estado já destinaram mais de R$ 11,3 milhões, por meio das penas pecuniárias. Além disso, a CGJ repassou R$ 600 mil à Susepe (Superintendência de Serviços Penitenciários) e tem reservado R$ 700 mil ao Poder Executivo.
(Marcello Campos)