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Mundo O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criticou o texto da cúpula do clima: “Não deu em nada”

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Procuradores analisaram notícia-crime enviada pela PF contra Salles por suposta tentativa de atrapalhar investigações sobre apreensão de madeira. (Foto: Divulgação)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse na manhã de domingo (15) que a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP25, realizada em Madri, “não deu em nada”.

A conferência terminou no final de semana com os negociadores chegando a um acordo mínimo, longe de responder firmemente à urgência climática, conforme reivindicado pela ciência e pela sociedade civil.

“COP 25 não deu em nada. Países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo, sem cerimônia, mas na hora de colocar a mão no bolso, eles não querem. Protecionismo e hipocrisia andaram de mãos dadas, o tempo todo”, escreveu o ministro no Twitter.

O post é acompanhado por um vídeo em que Salles diz que “apesar de todos os esforços do Brasil para ajudar” não foi possível encontrar um texto que fosse consenso. “Prevaleceu, infelizmente, uma visão protecionista de fechamento do mercado e o Brasil e outros países que poderiam fornecer créditos de carbono em razão de suas florestas e boas práticas ambientais saíram perdendo”, afirmou.

Sem consenso

Os negociadores da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP25, realizada em Madri, na Espanha, chegaram a um acordo mínimo hoje, longe de responder firmemente à urgência climática, conforme reivindicado pela ciência e pela sociedade civil.

Após duas semanas de negociações, a conferência concordou em pedir aos países que aumentem suas metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no próximo ano, o que é essencial para tentar conter o aquecimento a menos de +2°C, mas não emitiu nenhum sinal forte de que intensificará e acelerará a ação climática.

As negociações terminaram sem acordo sobre um dos principais pontos em debate: a regulação global do mercado de créditos de carbono. As delegações concordaram em melhorar as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa e em ajudar países vulneráveis às mudanças climáticas, mas adiaram a discussão sobre o mercado de créditos de carbono para a COP26, que acontecerá em Glasgow, Escócia, em novembro de 2020.

O conceito foi estabelecido pelo Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, e permite a venda de créditos de emissões de dióxido de carbono (CO2) de países que superam suas metas para nações mais poluentes.

O mercado de carbono é um dos pilares do Acordo de Paris de 2015, mas os países ainda não conseguiram chegar a um consenso para regular essa comercialização e fixar um preço para as emissões de CO2.

No atual ritmo de emissão de gases do efeito estufa, a temperatura pode aumentar até 4 ou 5°C até o final do século. Mesmo que os cerca de 200 signatários do Acordo de Paris respeitem seus compromissos, o aquecimento global seria superior a 3°C.

Todos os países deverão apresentar até a COP26 uma versão revisada de seus compromissos. Nesta fase, cerca de 80 países se comprometeram a apresentar um aumento de suas ambições, mas eles representam apenas cerca de 10% das emissões globais. E quase nenhum dos maiores emissores, China, Índia ou Estados Unidos, parece querer se juntar a este grupo.

Mais cedo, a ativista Greta Thunberg lamentou o caminho das negociações e disse que a ciência não pode ser ignorada. “Parece que #cop25 em Madri está desmoronando agora. A ciência é clara, mas a ciência está sendo ignorada. Aconteça o que acontecer, nunca desistiremos. Nós apenas começamos”, escreveu Greta no Twitter.

Na última quarta-feira (11), a ativista, de apenas 16 anos, foi eleita a personalidade do ano pela revista Time.

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