Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2020
O petroleiro encalhado em um recife nas Ilhas Maurício partiu em dois, anunciou a empresa Mitsui OSK Lines. “Em 15 de agosto foi confirmado que o navio se partiu em dois”, anunciou a empresa em um comunicado. O texto afirma que informação procede do proprietário da embarcação, a Nagashiki Shipping.
O “MV Wakashio” encalhou em 25 de julho em um recife de Pointe d’Esny, ao sudeste das Ilhas Maurício, com 3.800 toneladas de combustível a bordo. O combustível começou a vazar pelas fissuras nas áreas danificadas na semana passada e entre 800 e 1.000 toneladas foram dispersadas no oceano, em uma área considerada uma joia ecológica por suas águas cristalinas.
As equipes de intervenção iniciaram uma corrida contra o tempo para bombear o restante do combustível. A catástrofe provocou a revolta da população, que pergunta por quê as operações para extrair o combustível não começaram no momento do acidente com o petroleiro.
O primeiro-ministro Pravind Kumar Jugnauth rebateu durante a semana a acusação de negligência. Ele afirmou que os especialistas consultados pelo governo consideraram inicialmente pequeno o risco de vazamento de combustível no mar.
A catástrofe provocou a revolta da população, que questiona o motivo das operações para extrair o combustível não terem começado no momento do acidente com o petroleiro.
Japão
O ministro do Meio Ambiente do Japão, Shinjiro Koizumi, disse que Tóquio planeja enviar uma equipe de funcionários do ministério e outros especialistas às Ilhas Maurício para avaliar os danos do derramamento de óleo.
Um navio cargueiro japonês atingiu um recife de coral nas Ilhas Maurício no último dia 25 de julho, derramando cerca de mil toneladas de óleo combustível e provocando um estado de “emergência ambiental”, que alguns cientistas chamam de o pior desastre ecológico do país.
O óleo residual do navio vazou para o oceano, disse a presidente da Sociedade de Conservação Marinha das Ilhas Maurício, Jacqueline Sauzier. “Barragens foram colocadas ao redor do navio para conter o vazamento”, disse ela.
A maior parte do óleo do MV Wakashio foi bombeada, disse o governo das Ilhas Maurício na quinta-feira, mas 166 toneladas de óleo combustível ainda estavam dentro do cargueiro e as autoridades trabalham para removê-lo.
A remoção do navio será uma operação delicada e provavelmente levará meses. A França, que já governou as Ilhas Maurício como colônia, disse que ajudará na limpeza.
Koizumi também disse a repórteres neste sábado que viu o derramamento de óleo como uma crise grave que pode levar à perda de biodiversidade. O navio, MV Wakashio, é propriedade da Nagashiki Shipping do Japão e fretado pela Mitsui OSK Lines 9104.T.