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Rio Grande do Sul O número de feminicídios cresceu quase 25% no Rio Grande do Sul durante o primeiro semestre deste ano, com 51 casos

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Denúncias anônimas e atendimento especializado estão entre as principais apostas no combate a esse tipo de crime. (Foto: Divulgação/BM)

Os casos de feminicídio (assassinato de mulher por motivação de gênero) cresceram 24,4% de janeiro a junho no Rio Grande do Sul, na comparação com o primeiro semestre do ano passado. Foram 51 ocorrências, dez a mais que em período idêntico de 2019. Os dados contam em relatório divulgado nesta quinta-feira (9) pelo vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, titular da SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Desde o começo do ano, esse tipo de crime apresentou uma linha que oscilava, mês a mês: dez casos em janeiro, cinco em fevereiro, 12 em março (auge), novamente dez em abril, 11 em maio e nove em junho.

A SSP ressaltou a implantação de uma série de iniciativas por parte de instituições vinculadas ao órgão e que intensificaram o combate à violência contra a mulher. Isso inclui o reforço da atenção no que se refere às denúncias, em especial neste momento de pandemia de coronavírus, responsável por um aumento nos índices de confinamento.

Em maio, foi lançada uma campanha para ampliar a divulgação dos canais de alerta. O objetivo é incentivar não só as mulheres, como também familiares, amigos, vizinhos e até desconhecidos a fazerem denúncias anônimas, que podem fazer a diferença para salvar vidas.

“Nenhuma das seis vítimas de feminicídio no Rio Grande do Sul no mês passado tinha qualquer registro de ocorrência anterior contra o agressor”, exemplifica a major da BM (Brigada Militar) Karine Brum, coordenadora das patrulhas Maria da Penha, que prestam um atendimento específico a esse tipo de caso. “Em cinco dos casos, havia relação íntima entre a mulher e o autor do crime. É preciso romper o silêncio e denunciar.”

Enquanto na soma dos quatro primeiros meses do ano o WhatsApp da Polícia Civil havia recebido apenas 13 denúncias, com a campanha, só nas últimas duas semanas de maio houve 19 alertas. Os casos podem e devem ser comunicados pelos seguintes canais:

– Disque Denúncia 181;

– WhatsApp (51) 984440606;

– Denúncia Digital 181, no site da SSP-RS;

– Emergências pelo 190;

– Disque 180.

Atendimento psicológico

A Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) de Porto Alegre, em parceria com o IGP (Instituto-Geral de Perícias), oferece desde maio um plantão psicológico on-line para vítimas diretas e indiretas de violência doméstica. O atendimento tem o objetivo de ouvir a mulher, auxiliar no preenchimento do questionário de avaliação de risco e facilitar sua organização mental para o depoimento.

Após a recepção na Deam da Capital, com a concordância da vítima, o seu número de telefone é repassado à psicóloga responsável. Em seguida, em um sala reservada ao acolhimento psicossocial, enquanto a vítima aguarda para prestar depoimento, a profissional de saúde faz contato por videochamada para uma conversa que dura de 20 a 25 minutos.

As 23 delegacias especializadas também reforçaram o trabalho proativo de prisão de agressores e de busca em locais onde há suspeita da presença de armas e outros instrumentos que possam oferecer risco a vítimas que registraram ocorrências. Só a Deam de Porto Alegre prendeu 11 suspeitos, recolheu seis armas e cumpriu 51 mandados de busca e apreensão.

(Marcello Campos)

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