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Brasil O pai do presidente da Câmara dos Deputados não compareceu ao evento que lançou o filho como candidato à Presidência da República

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Cesar Maia já admitiu ser contrário ao plano de Rodrigo em chegar ao Palácio do Planalto. (Foto: Reprodução)

Sem esconder as ressalvas que faz à pré-candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao Palácio do Planalto, o pai do presidente da Câmara, Cesar Maia, não participou do evento que nessa quinta-feira lançou, em Brasília, o nome de seu filho como o nome do partido para a disputa.

Em entrevista à imprensa, Cesar Maia, que atualmente é vereador pelo Rio de Janeiro, disse que estava “febril e com pressão baixa”. Por esse motivo, decidiu permanecer na capital fluminense, da qual foi também o prefeito que mais tempo permaneceu no cargo (12 anos), de 1997 a 2009.

“Hoje eu acabei forçando um pouco e fui ao plenário da Câmara de Vereadores do Rio para falar das escolhas do Rodrigo e de ACM Neto [novo presidente nacional do DEM]”, detalhou por e-mail. “Tentei ler o manifesto apresentado pelo DEM em Brasília, mas não consegui ir até o final. Sentei um pouco e, em seguida, pedi do microfone autorização da Mesa para me ausentar”.

Em uma entrevista concedida na semana passada, Cesar Maia admitiu publicamente que não acredita na viabilidade da candidatura do filho. Em vez disso, ele aposta em uma vitória do governador paulista Geraldo Alckmin, do PSDB, na corrida presidencial.

Após o episódio, porém, Rodrigo Maia minimizou as declarações do pai. “Eu não tenho como ficar bravo com ele por mais que um dia”, sorriu para os repórteres. Para tentar afastar a desconfiança em torno da viabilidade do seu nome, no entanto, o presidente da Câmara dos Deputados aumentou o tom contra o PSDB, um parceiro histórico do DEM, e assegurou que, ao menos por enquanto, não está em discussão um apoio de seu partido a Geraldo Alckmin.

Em seu discurso nesta quinta-feira, durante a convenção, Rodrigo voltou a mencionar o pai e enalteceu a experiência dele, que deve disputar o governo do Rio de Janeiro no pleito deste ano.

“Outro projeto”

Apesar dos planos do filho à Presidência, Cesar vislumbra para Rodrigo outro projeto. “Ele tem que ser candidato a deputado federal. Tem que se eleger bem. E tem que ser candidato a presidente da Câmara dos Deputados. Por quê? Porque o próximo presidente vai ter que, no primeiro dia de governo, adotar medidas contundentes que possam relançar o país”, pondera.

Para o ex-prefeito, a missão do filho é ser o esteio do próximo presidente da República, pertença o eleito à esquerda ou à direita. “Para qualquer um”, diz, ao destacar que Rodrigo tornou-se confiável para os partidos de esquerda. “Com um Parlamento fragmentado, ele [o presidente da República] precisa de liderança no Parlamento que construa essa maioria. Quantos na Câmara constroem uma maioria? Rodrigo, quem mais? Qual outro nome que vai surgir aí?”, pergunta, para acrescentar que, no MDB, os nomes que havia, como Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima, estão presos.

O mais provável, afirma, é que Rodrigo “construa uma situação de conforto” ao próximo presidente da República, que poderia pensar: “Eu terei uma Câmara dos Deputados que não será hostil. Com Rodrigo, eu posso superar o presidencialismo de coalizão. Não preciso fazer uma coalizão bastarda para ter uma maioria”, disse. Em sua opinião, a presidência da Câmara será uma posição ainda mais forte na conjuntura de um novo presidente da República eleito e em busca de reformas.

“Não vejo porque ele ter que abrir mão dessa situação que ele conquistou, com a habilidade dele, com a paciência dele, a audiência dele. Ele ouve, o que é raro em político, eu não ouço. Em uma situação dessa, que opção é essa de Presidência?”, questiona. “Assim como Rodrigo tem o maior poder de aglutinação na Câmara, Alckmin é o político que hoje tem o maior poder de aglutinação como candidato a presidente.”

Um dos desafios para o tucano, afirma, será escolher alguém para compor sua chapa: “No momento em que Alckmin começar a subir nas pesquisas, a disputa se acirrará. Todos vão querer colocar o vice. E aí começa. Como você tricota a escolha do vice do Alckmin? Esse vai ser um problema, que ele, com a habilidade dele, vai ter que resolver. Acho que, para o País e para ele, o melhor é a candidatura a deputado e a presidente da Câmara”, reafirmou.

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