Sexta-feira, 04 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de junho de 2020
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a afirmar no início da noite de sábado (20) sua posição favorável à prorrogação do pagamento do auxílio emergencial de 600 reais, destinado a trabalhadores informais e famílias de baixa renda como forma de abrandar os impactos negativos da pandemia do novo coronavírus no País.
“A todos que me perguntam sobre o auxílio emergencial: sou a favor da prorrogação do auxílio de R$ 600 por mais dois ou três meses”, escreveu ele em seu perfil no Twitter. Segundo Maia, todos os indicadores apontam para uma forte queda da atividade econômica no terceiro trimestre.
“Tenho certeza que a minha posição é acompanhada pela maioria dos deputados. Manter esta ajuda é premente. O governo não pode esperar mais para prorrogar o auxílio. A ajuda é urgente e é agora”, afirmou.
Maia também expressou pelo Twitter sua gratidão aos profissionais de saúde e sua solidariedade aos familiares e amigos de vítimas da Covid-19.
“E [quero] também expressar a minha gratidão e orgulho por todos os profissionais de saúde que estão na linha de frente contra o vírus. Em nome da Câmara dos Deputados, o nosso agradecimento. Neste final de semana, quando o país atingiu a triste marca de 50 mil mortos e mais de 1 milhão de infectados, quero expressar a minha solidariedade a todos os familiares e amigos de vítimas da Covid-19”, declarou.
No último dia 11, Maia já havia defendido a prorrogação do prazo do auxílio emergencial de R$ 600 e também disse ser inevitável a discussão a respeito da criação de uma renda mínima permanente como maneira de contornar os efeitos da crise econômica da pandemia, principalmente em relação aos trabalhadores informais.
“Um grupo de parlamentares está analisando os programas do governo já existentes e estamos vendo a melhor maneira de alocar recursos, mas criar uma renda permanente não é tão simples: temos que encontrar uma fonte no Orçamento e essa discussão tem que avançar este ano”, disse ele em entrevista à GloboNews.
Maia mencionou, entre as possíveis fontes de financiamento desses programas, a redução de subsídios tributários, uma “repactuação” das deduções previstas hoje no Imposto de Renda e mudança no uso de recursos previstos hoje para outros fins, como salário de servidores públicos – medida que, segundo ele, teria que ser adotada por todos os Poderes e atingir apenas os salários mais altos.
“Existe muita distorção: 70% das deduções ficam com o andar de cima da sociedade”, disse. Para o presidente da Câmara, o custo de não prorrogar o prazo do auxílio emergencial é muito maior para a sociedade que o custo de prorrogar os pagamentos. As informações são da Agência Câmara de Notícias.