Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 27 de abril de 2018
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou nesta sexta-feira (27) o histórico encontro entre o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e seu homólogo sul-coreano, Moon Jae-in, e declarou que a guerra na Península terminou.
“A guerra da Coreia TERMINOU! Os Estados Unidos e todo seu GRANDE povo deveriam estar muito orgulhoso do que está acontecendo agora na Coreia”, escreveu o magnata em sua conta no Twitter.
Em um outro tuíte, o norte-americano ressaltou que o encontro acontece depois de um ano “furioso de lançamentos de mísseis e testes nucleares”.
“Boas coisas estão ocorrendo, mas apenas o tempo dirá”, escreveu o magnata em sua conta no Twitter.
Nesta sexta, Kim e Moon comprometeram-se em assinar um acordo para realizar a desnuclearização da Península Coreana, abrindo um nova era de paz entre os países.
Dias atrás Trump elogiou o diretor da CIA, Mike Pompeo, indicado por ele para o cargo de secretário de Estado. Ele visitou a Coreia do Norte recentemente e se encontrou com o líder Kim Jong Un, com o qual desenvolveu um “bom relacionamento”, disse Trump.
China também elogiou
A China elogiou nesta sexta-feira o comunicado conjunto das Coreias do Norte e do Sul após os líderes dos dois países terem prometido trabalhar pela completa desnuclearização da península coreana e para declarar o fim oficial da Guerra da Coreia (1950-53).
O país declarou que espera que todas as partes possam manter o ambiente de diálogo e possam promover conjuntamente uma resolução política para a questão da península coreana, disse o Ministério de Relações Exteriores chinês em comunicado. A China também espera desempenhar um papel pró-ativo nesse sentido.
Encontro histórico
Pela primeira vez, um líder do Norte pisou em solo do Sul. O gesto ocorreu antes do início de reunião de cúpula histórica entre as duas Coreias para debater desnuclearização da península.O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, cruzou a linha de demarcação militar que divide a Península Coreana para participar de uma histórica cúpula com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.
Kim passou a ser o primeiro líder norte-coreano a pisar no solo da Coreia do Sul desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.
Os líderes se cumprimentaram na zona desmilitarizada entre os dois países. O aperto de mão deu-se em cima da linha divisória, com ambos os líderes sorridentes e com o presidente da Coreia do Sul a dizer ao seu homólogo: “Estou feliz por vê-lo.”
Num gesto não previsto, Kim então tomou Moon pelas mãos e o levou para o lado norte da fronteira que separa os dois países, num momento de descontração antes do início da histórica cúpula.
Ao encontrar-se na divisa, Moon disse: “Você veio para o sul, eu me pergunto quando posso ir para o norte.” Kim respondeu: “Talvez agora seja uma boa hora para você vir”, e o levou pelas mãos para o lado norte da demarcação, em um gesto que não estava previsto, segundo explicou o porta-voz presidencial de Seul.
“Foi uma decisão muito corajosa de sua parte vir até aqui”, afirmou Moon. Ele acrescentou que os dois líderes “estavam fazendo história”.
A cúpula ocorre na chamada Peace House, na vila de barracões azuis de Panmunjom, dentro da zona desmilitarizada. Na primeira parte, os dois líderes falaram sobre a possível desnuclearização do regime de Pyongyang e sobre a melhora das relações bilaterais, afirmou um porta-voz de Seul.
Pelo Norte, participam do encontro também a irmã de Kim, Kim Yo-jong, cinco outros integrantes do politburo e os dois mais altos representantes militares.