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Mundo O presidente francês diz que a Europa não pode depender apenas dos Estados Unidos

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O presidente da França, Emmanuel Macron. (Foto: Reprodução/Twitter)

capacidade de defesa neste sábado, dizendo que o continente não pode depender sempre dos Estados Unidos. A declaração foi dada na Conferência de Segurança de Munique, evento que acontece todos os anos. Em um bate-papo de uma hora, Macron defendeu que a situação atual é diferente daquela da Guerra Fria, quando os EUA coordenavam a proteção nuclear da Europa.

— Agora temos que poder dizer claramente que, se queremos uma Europa soberana, se queremos proteger nossos cidadãos, precisamos analisar esse aspecto — afrimou.

Com a saída do Reino Unido da União Europeia, a França se tornou o único país a deter armas nucleares na UE, e ganhou uma nova responsabilidade. Macron disse estar “convencido de que é necessária uma Europa muito mais forte na defesa”, por “razões de soberania”. Ele tomou a cuidado de não antagonizar com a Otan.

— Eu já disse isso antes: a segurança comum na Europa tem dois pilares, e um deles é a Otan e o outro é uma Europa de defesa — disse ele.

O seu recado era principalmente para a Alemanha, país que há tempos sofre cobranças do presidente francês para ser mais ativo na área de defesa. Sobre a resistência alemã, Macron disse que não estar “frustrado, mas impaciente”.

Na mesma conferência, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, defendeu o papel global de seu país, apesar do receio da Europa, prometendo que os valores ocidentais prevaleceriam sobre os desejos russos e chineses por “império”. Buscando tranquilizar os europeus incomodados com o discurso “Estados Unidos primeiro” do presidente americano, Donald Trump, a ambivalência sobre a aliança militar da Otan e tarifas sobre produtos europeus, Pompeo disse que não há crise na liderança ocidental.

— Estou feliz em informar que a morte da aliança transatlântica é grosseiramente exagerada. O Ocidente está vencendo e estamos vencendo juntos — disse ele em discurso na Conferência de Segurança de Munique, listando as medidas americanas para proteger as democracias liberais.

Pompeo estava, em parte, respondendo ao presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, que na sexta-feira acusou os Estados Unidos, a Rússia e a China de tornar o mundo mais perigoso.

Macron disse na conferência de líderes internacionais, legisladores e diplomatas que não ficou surpreso com o discurso de Steinmeier e que gostou.

— Não podemos ser o parceiro júnior dos Estados Unidos — disse Macron.

Desejando impérios

A decisão de Trump de deixar o acordo nuclear de 2015 com o Irã, bem como o acordo climático de Paris, minaram as prioridades europeias, enquanto movimentos como o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel complicaram a diplomacia.

Pompeo defendeu a estratégia dos EUA, dizendo que Europa, Japão e outros aliados americanos estavam unidos em relação a China, Irã e Rússia, apesar das “diferenças táticas”.

Pompeo, no entanto, reiterou a oposição de Washington ao gasoduto Nord Stream 2 em construção entre a Rússia e a Alemanha no mar Báltico, um projeto apoiado pelo governo da chanceler alemã Angela Merkel.

Citando a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, ameaças cibernéticas no Irã e coerção econômica pela China, Pompeo disse que esses países ainda estavam “desejando impérios” e desestabilizando o sistema internacional.

O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, falando imediatamente após Pompeo, concentrou suas observações apenas na China, acusando Pequim de uma “estratégia nefasta” por meio da empresa de telecomunicações Huawei.

— É essencial que nós, como comunidade internacional, acordemos com os desafios apresentados pela manipulação chinesa da antiga ordem internacional baseada em regras — disse Esper.

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https://www.osul.com.br/o-presidente-frances-diz-que-a-europa-nao-pode-depender-apenas-dos-estados-unidos/ O presidente francês diz que a Europa não pode depender apenas dos Estados Unidos 2020-02-16
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