Terça-feira, 03 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2024
Desta quinta-feira (14) até a próxima terça (19), o Rio de Janeiro receberá o G20, o encontro das principais economias do planeta, pela primeira vez realizado no Brasil. A capital fluminense foi a cidade escolhida para receber a Cúpula dos Líderes do G20, com os chefes de Estado, na segunda-feira (18) e na terça (19), e também a intensa programação paralela, a partir desta quinta (14): Cúpula do G20 Social, Urban 20 e Aliança Global Festival.
São aguardadas 55 delegações de 40 países e de 15 organismos internacionais. Entre os confirmados estão os presidentes de Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.
–Mas o que é o G20? Quais países participam? O que ele define? Como serão os eventos? Qual o papel do Brasil? Veja abaixo.
– O que significa G20? É a abreviação para “Grupo dos Vinte”, um “clube” de cooperação internacional, que discute iniciativas para promover melhorias econômicas, políticas e sociais nas nações que fazem parte dele.
Esse “clube” negocia acordos ao longo do ano e os assina justamente no último dia da reunião de cúpula.
– Quem faz parte do G20? São 19 nações: África do Sul; Alemanha; Arábia Saudita; Argentina; Austrália; Brasil; Canadá; China; Coreia do Sul; Estados Unidos; França; Índia; Indonésia; Itália; Japão; México; Reino Unido; Rússia; Turquia; mais a União Africana e a União Europeia.
– Quem vem? Joe Biden, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, confirmaram presença. Vladimir Putin, da Rússia, avisou que não vem – deve ser representado pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.
– Quando o G20 foi criado? O “clube” surgiu no fim da década de 1990, depois de uma crise financeira que começou na Ásia e abalou o mundo.
E foi justamente em outra crise econômica, a de 2008, que o grupo decidiu fazer reuniões periódicas entre os membros.
A que vai acontecer no Rio de Janeiro é a 19ª.
– Por que o Rio foi escolhido como sede? A presidência do G20 é rotativa e muda a cada ano. O Brasil foi escolhido para chefiar o “clube” em 2024 — e cabe ao país-líder organizar a cúpula e definir temas para discussão.
– O que o Brasil vai propor? Sob presidência do Brasil, o G20 transformou três temas em prioridade: combate à fome, à desigualdade e à pobreza (foi lançada a Aliança Global Contra a Fome); enfrentamento às mudanças climáticas e por políticas de sustentabilidade e uma transição energética justa; e uma nova governança global, para que países emergentes tenham mais representatividade em órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Depois de meses de negociações e incontáveis reuniões, os sherpas, que são os representantes dos chefes de estado, se encontram antes da cúpula para redigir a declaração de líderes do G20 no Rio.
O documento que reúne as propostas do G20 sob a presidência brasileira também vai fazer referência aos conflitos mundiais – as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio – com um pedido de paz.
“Nós queremos combater a mudança do clima e reduzir ou eliminar a fome no mundo, mas, para isso, é preciso paz, porque a guerra implica redirecionamento de recursos financeiros e vontade política e atenção política, eu diria, para as causas erradas, que são as causas da guerra. E o que nós queremos é, justamente, ter paz pra poder combater a mudança do clima e combater a fome”, afirma o embaixador Maurício Lyrio, o sherpa brasileiro no G20. As informações são do portal de notícias G1.