Rio Grande do Sul O Rio Grande do Sul ultrapassou a marca de 6 mil casos fatais de coronavírus. Testes positivos totalizam quase 265 mil no Estado
Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2020
Divulgado nesta terça-feira (10), dia que o Rio Grande do Sul completou oito meses desde o seu primeiro registro de coronavírus, o mais recente boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual da Saúde) elevou para 264. 576 o número de testes positivos de contágio, com 6.001 mortes por Covid. A estatística inclui 3.065 novos casos confirmados e mais quatro óbitos.
Dentre os gaúchos infectados, 248.063 (94% dos casos) já se recuperaram da doença. Vale lembrar que a pandemia já atinge desde o final de outubro a totalidade dos 497 municípios gaúchos. As perdas humanas listadas pelo relatório desta terça-feira foram registradas nas seguintes cidades:
– Erechim (homem, 73 anos);
– Lagoa Vermelha (homem, 62 anos);
– Marau (mulher, 53 anos);
– Taquara (mulher, 37 anos).
Homenagem
Em meio às mais de mil amostras para análise do coronavírus que chegam todos os dias ao Lacen (Laboratório Central) do Rio Grande do Sul, um item especial chamou a atenção dos servidores do órgão: cartas de agradecimento, cada qual com uma medalha no formato de uma mão aberta. O ato faz parte do projeto “Hand Medal”, que conta com o engajamento de pelo menos 3 mil joalheiros e artesãos de 66 países.
No texto, a seguinte mensagem: “O trabalho que vocês realizaram está acima de qualquer coisa que poderíamos fazer. Vocês arriscaram suas vidas trabalhando horas a fio e deixando de estar com as famílias. Ofereceram suas mãos para curar os mais necessitados”.
O texto é assinado pelas duas artistas organizadoras da iniciativa, a argentina Jimena Ríos e a norte-americana Iris Eichenberg. “Sabemos que os seus dias são longos e que estão muito cansados, mas esperamos que encontrem um momento para juntos receberem essa medalha. O trabalho de nossas mãos honra o trabalho das suas”, complementa a carta.
No Brasil, uma dessas pessoas responsáveis é a artista Márcia Cirne Lima, que ressalta: “O que é muito bonito nesse projeto é ter partido de duas artistas joalheiras a ideia, sem instituições ou verbas por trás. Um chamamento que se espalhou pelo mundo, formando uma rede onde o que cada um dá é seu trabalho, seu tempo e o material de que dispõe”.
Das mais de 2 mil medalhas já distribuídas no País, 200 tiveram como destino profissionais de saúde atuantes no Rio Grande do Sul. Cada uma recebe um número estampado no verso, para que o homenageado possa conhecer seu autor no site, que também explica o desenho escolhido para a medalha:
“As mãos têm uma presença poderosa na batalha. São símbolos, armas para o nosso corpo,para serem lavadas, esterilizadas e enluvadas, mas também portadoras do poder de curar e conectar”. Saiba mais em handmedalproject.com.
(Marcello Campos)
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