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Política O Senado deve caminhar para a direita em 2026, mas não necessariamente para o bolsonarismo, em que pese o empenho de Bolsonaro em eleger seus três filhos e sua mulher

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Avanço do bolsonarismo puro-sangue tende a ser temperado pela força dos governadores. (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

O Senado deve caminhar para a direita em 2026, mas não necessariamente para o bolsonarismo, em que pese o empenho do ex-presidente Jair Bolsonaro em eleger seus três filhos e sua mulher para a Câmara Alta.

O foco do bolsonarismo no Senado está bem explicado. O ex-presidente está inelegível e tende a ser condenado criminalmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que o investiga por tentativa de golpe de Estado.

Uma maioria bolsonarista no Senado coloca na mesa a arma do impeachment de ministros do Supremo. Essa ameaça poderia levar a uma negociação que reabilite Bolsonaro. As incógnitas ainda são muitas, com 54 cadeiras a se renovar (duas por Estado), mas três fatores freiam a potência da nacionalização da disputa pelo Senado.

Dois deles estão profundamente interligados: o interesse de governadores em fim de mandato em disputar uma cadeira e a prioridade que lideranças regionais e o próprio eleitor dão à disputa para os governos estaduais.

O Senado, normalmente, é a última escolha a ser feita, e não a primeira. Isso vale tanto para os eleitores no momento de ir à urna quanto no momento dos partidos fazerem suas escolhas para montar as chapas. Bolsonaro tenta inverter essa lógica, mas é a aliança em torno do governo estadual que organiza a disputa proporcional, decisiva para a cláusula de barreira, formação do fundo eleitoral e do tempo de cada sigla na televisão.

Estes dois são os fatores mais importantes. Há 15 governadores que não descartam de maneira cabal disputar o Senado e que, entrando em cena, no mínimo, são competitivos. Apenas um, o coronel Marcos Rocha , do União Brasil de Rondônia, pode ser considerado um bolsonarista raiz. Dez estão no campo da direita.

Provavelmente apoiarão uma agenda liberal na economia e conservadora nos costumes, mas o compromisso com pautas como impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal é mais duvidoso. Na eleição dupla para o Senado, não há sublegenda.

O eleitor vota duas vezes e se elegem os dois mais votados, independentemente do partido. Isso aumenta o risco no momento de se estabelecer a aliança com dois nomes fortes, sobretudo se existir um só adversário forte na outra chapa.

O terceiro fator é o peso das emendas parlamentares na disputa, que torna o ar mais rarefeito para nomes novos, sobretudo nos menores colégios eleitorais.

Ganham vantagem deputados federais que almejam a cadeira de senador ou senadores que tentam um novo mandato. É fato que a renovação tende a ser alta no Senado em 2026: há muitos casos de senadores sem base eleitoral para disputar um novo mandato, seja porque assumiram a cadeira na condição de suplentes, caso de Alexandre Giordano (MDB).

A base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contudo, tende a encolher. O balanço partidário é amargo para o PSD e o MDB, com mais cadeiras a serem renovadas. Devem encolher. Já a Federação entre União Brasil e PP, da qual faz parte o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tende a se expandir.

Nenhum dos quatro senadores do PSB em fim de mandato está bem posicionado para se reeleger, mas o partido pode ganhar três vagas de governadores “senatoriáveis”. O PT renova seis dos seus dez mandatos. Está competitivo em quatro Estados, mas em um deles, a Bahia, não é impossível que fique com as duas vagas. (Com informações do Valor Econômico)

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