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Mundo O Senado dos Estados Unidos confirma o primeiro negro como chefe do Pentágono

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General de 4 estrelas da reserva tem 67 anos e teve seu nome aprovado por 93 votos a favor e 2 contrários. (Foto: Reprodução)

O Senado dos Estados Unidos confirmou o nome do general Lloyd Austin como secretário de Defesa, tornando-o o primeiro afro-americano a comandar o Pentágono. O nome de Austin, que tem 67 anos, foi aprovado pelos senadores por 93 votos a favor e 2 contrários. O general de 4 estrelas nomeado pelo novo presidente dos EUA, Joe Biden, passou para a reserva em 2016, após 41 anos no Exército –onde é amplamente respeitado, segundo o jornal “The New York Times”.

“É um momento histórico extraordinário”, afirmou o senador Jack Reed, democrata de Rhode Island e presidente do Comitê das Forças Armadas. “Uma parte significativa de nossas Forças Armadas hoje é de afro-americanos ou latinos, e agora eles podem se ver no topo do Departamento de Defesa”.

Há uma lei nos EUA que determina que militares só podem assumir o cargo de Secretário de Defesa depois de sete anos na reserva. A ideia é que os civis comandem as Forças Armadas. Assim, a Câmara e o Senado precisaram antes aprovar uma exceção para o general da reserva assumir o cargo.

Austin foi o primeiro negro a liderar o Comando Central dos EUA, responsável pelos militares no Iraque, Afeganistão, Iêmen e Síria, e é o segundo nome do alto escalão de Biden a ser aprovado pelo Senado (uma exigência no país).

O primeiro nome foi o de Avril Haines, a primeira mulher a dirigir a inteligência americana. Ela foi aprovada com 84 votos a favor e 10 contrários, no dia da posse de Biden – uma tradicional demonstração de boa-fé do Congresso com o presidente em seu primeiro dia no cargo.

A expectativa é que o novo presidente americano consiga a aprovação de outros integrantes do seu gabinete nos próximos dias, incluindo Antony Blinken como secretário de Estado – cargo equivalente ao de ministro das Relações Exteriores na maioria dos países.

Reforma imigratória

A chegada de Joe Biden encheu de esperança 11 milhões de imigrantes em situação ilegal nos Estados Unidos, dos quais cerca de 40 mil são brasileiros. A reforma imigratória enviada pelo democrata ao Congresso no seu primeiro dia de governo facilita o acesso à regularização dos que já estavam no território americano até o dia 1 de janeiro de 2021.

Na cidade de Silver Spring, ao norte de Washington, a notícia é recebida com alívio e entusiasmo. “A gente está contando muito com isso, ficamos 24 horas tentando ter mais notícias, porque não queremos ficar aqui sem documento”, afirma a paulistana Kelly, 27 anos, que aguarda há mais de três anos a mudança do seu visto de turista para o de estudante, um processo que normalmente levaria um ano.

Silver Spring abriga a maior comunidade brasileira da região da capital, no Estado de Maryland, um dos mais progressistas dos Estados Unidos e onde Biden obteve 62% dos votos na eleição. Em Maryland, os estrangeiros sem documentos podem trabalhar e estar em dia com os tributos, uma vantagem crucial na hora de solicitar um visto de permanência no país.

Kelly deixou o Brasil e a faculdade de engenharia de produção depois de perder o emprego, em uma fabricante de bebidas. “A situação no Brasil está bem difícil. Temos muita saudade de lá, mas não podemos nem viajar enquanto não temos o visto de permanência. A minha irmã está grávida no Brasil e não vou poder ver o meu sobrinho tão cedo”, lamenta.

Os anos Trump ficarão marcados como um período em que “tudo estava mais difícil” para conseguir a documentação para os imigrantes latinoamericanos. O projeto de construção de um muro na fronteira com o México dava a sensação de que o cerco estava se fechando para todos.

“Conhecemos muitos brasileiros que vieram, ficaram sem visto, mas estabeleceram família, têm filhos americanos, compraram uma casa, mas ainda não têm documentos. Eles estavam apreensivos e não sabiam até onde o governo de Trump poderia chegar, afinal as coisas estavam apertado”, relata Valery Almeida, moradora há quase de 30 anos nos Estados Unidos, em situação regular. A administradora mantém estreito contato com a comunidade brasileira de Silver Springs. “Agora, eles estão aliviados. É uma luz.”

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https://www.osul.com.br/o-senado-dos-estados-unidos-confirma-o-primeiro-negro-como-chefe-do-pentagono/ O Senado dos Estados Unidos confirma o primeiro negro como chefe do Pentágono 2021-01-23
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