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Geral O senador José Serra criticou a ação da Operação Lava-Jato em sua casa, classificando-a como “medidas agressivas e ilegais”

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Serra e Verônica foram denunciados por suposto recebimento indevido de valores que teriam sido pagos pela Odebrecht. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Denunciado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato em São Paulo por lavagem de dinheiro, o senador e ex-governador José Serra (PSDB) criticou, em nota divulgada à imprensa, a operação realizada pela PF (Polícia Federal) e pelo MPF (Ministério Público Federal) na sexta-feira (3). Serra afirmou que as ações de busca e apreensão realizadas em sua casa foram “medidas invasivas e agressivas”.

Causa estranheza e indignação a ação deflagrada pela Força Tarefa da Lava Jato de São Paulo na manhã desta sexta-feira (3/7) em endereços ligados ao senador José Serra. Em meio à pandemia da Covid-19, em uma ação completamente desarrazoada, a operação realizou busca e apreensão com base em fatos antigos e prescritos e após denúncia já feita, o que comprova falta de urgência e de lastro probatório da Acusação”, diz a nota.

Segundo o senador, “é lamentável que medidas invasivas e agressivas como a de hoje [sexta-feira] sejam feitas sem o respeito à Lei e à decisão já tomada no caso pela Suprema Corte, em movimento ilegal que busca constranger e expor um senador da República”.

José Serra diz que “reforça a licitude dos seus atos e a integridade que sempre permeou sua vida pública. Ele mantém sua confiança na Justiça brasileira, esperando que os fatos sejam esclarecidos e as arbitrariedades cometidas devidamente apuradas”, informa o comunicado divulgado pela Assessoria de Comunicação do Senador.

O MPF denunciou José Serra e sua filha, Verônica Allende Serra, pela prática de lavagem de dinheiro transnacional. Segundo a denúncia oferecida pela força-tarefa, entre 2006 e 2007, o político valeu-se de seu cargo e de sua influência política para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul. Milhões de reais foram pagos pela empreiteira por meio de uma sofisticada rede de offshores no exterior, para que o real beneficiário dos valores não fosse detectado pelos órgãos de controle.

As investigações, conduzidas em desdobramento de outras frentes de trabalho da Lava Jato de SP, demonstraram que José Amaro Pinto Ramos e Verônica Serra constituíram empresas no exterior, ocultando seus nomes, e por meio delas, receberam os pagamentos que a Odebrecht destinou ao então governador de São Paulo. Nesse contexto, realizaram numerosas transferências para dissimular a origem dos valores, e os mantiveram em uma conta offshore controlada, de maneira oculta, por Verônica Serra até o fim de 2014, quando foram transferidos para outra conta de titularidade oculta, na Suíça.

Paralelamente à denúncia, a força-tarefa também deflagrou, na sexta, a Operação Revoada para aprofundar as investigações a respeito de outros fatos relacionados a esse mesmo esquema de lavagem de dinheiro em benefício de José Serra. Com autorização da Justiça Federal, oito mandados de busca e apreensão foram expedidos para cumprimento em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ).

Até o momento, a força-tarefa já detectou que, no esquema envolvendo Odebrecht e José Serra, podem ter sido lavados dezenas de milhões de reais ao longo dos últimos anos. Com as provas coletadas até o momento, o MPF obteve autorização na Justiça Federal para o bloqueio de cerca de R$ 40 milhões em uma conta na Suíça.

Segundo o Ministério Público Federal, a Odebrecht pagou a Serra cerca de R$ 4,5 milhões entre 2006 e 2007, supostamente para usar na sua campanha ao governo do estado de São Paulo; e cerca de R$ 23,3 milhões, entre 2009 e 2010, para a liberação de créditos com a Dersa, estatal paulista extinta no ano passado. As informações são do MPF e do PSDB.

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