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Política O Supremo quebrou o sigilo de dez deputados e um senador bolsonaristas em inquérito sobre atos antidemocráticos

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"É responsabilidade de todos os entes da federação adotar medidas em benefício da população brasileira", diz nota do Supremo. (Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancários de dez deputados e um senador bolsonaristas.

São os seguintes: Alê Silva, deputada (PSL-MG), Aline Sleutjes, deputada (PSL-PR). Arolde de Oliveira, senador (PSD-RJ), Bia Kicis, deputada (PSL-DF), Carla Zambelli, deputada (PSL-SP), Caroline de Toni, deputada (PSL-SC), Daniel Silveira, deputado (PSL-RJ), General Girão, deputado (PSL-RN), Guiga Peixoto, deputado (PSL-SP), Junio Amaral, deputado (PSL-MG) e Otoni de Paula, deputado (PSC-RJ).

A determinação faz parte do conjunto de medidas adotadas para identificar financiadores de manifestações antidemocráticas que pediam fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar. Um inquérito aberto no STF pelo ministro Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga a organização dessas manifestações.

Na manhã desta terça-feira (16), por decisão de Moraes, a Polícia Federal (PF) começou a cumprir 26 mandados de busca e apreensão contra 21 pessoas, entre as quais empresários, blogueiros, youtubers e um deputado, em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina.

Busca e apreensão

Pela manhã, dentre os 26 mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, a PF cumpriu um no gabinete do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos principais defensores do presidente Jair Bolsonaro na Câmara.

Os investigadores fizeram o chamado “espelhamento” das informações de computadores do escritório.

Saiba abaixo o que os parlamentares disseram sobre a decisão:

Alê Silva – “Por mim, podem virar minha conta bancária, se é que estão fazendo isso, eu até agora não estou sabendo de nada, volto a dizer. Fiquei sabendo através da imprensa. Se tiverem quebrando meu sigilo bancário, para mim não tem problema nenhum, estou supertranquila, minha consciência está supertranquila.”

Aline Sleutjes – “Não fui notificada em relação a minha quebra de sigilo, inclusive, fiquei sabendo neste momento por meio de notícias na imprensa. Todavia, estou à disposição para colaborar com a justiça, e reitero meu compromisso com o trabalho sério e transparente, respeitando, acima de tudo, a Democracia é a Constituição. Nunca apoiei ou participei de movimentos anti democráticos, e não financiei nenhuma organização que fomenta tais atitudes.”

Arolde de Oliveira – O senador afirmou que não foi notificado, soube da decisão pela imprensa e não sabe dizer do que se trata.

Carla Zambelli – “A assessoria de imprensa da deputada federal Carla Zambelli esclarece que a defesa da parlamentar não foi intimada a respeito de suposta quebra de sigilo bancário da deputada, não sabendo sequer em qual procedimento a referida decisão pode ter sido ultimada.”

Carolina de Toni – “Tive conhecimento pela imprensa da quebra do meu sigilo bancário e de mais 10 deputados. Não há qualquer nenhum fato ou fundamento jurídico que a justifique. Não tenho mais dúvida de que estamos vivendo num estado de exceção.”

Daniel Silveira – O deputado Daniel Silveira informa que não vê problema na quebra do sigilo, mas enxerga um problema na motivação totalmente ideológica no ministro do STF.

General Girão – “A assessoria de comunicação informa que, por intermédio da imprensa, o Deputado Federal General Girão (PSL/RN) tomou conhecimento que teve seu sigilo bancário quebrado, por determinação do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Até o momento, o Deputado não recebeu qualquer notificação oficial a respeito e buscará todas as medidas cabíveis para se contrapor a um ato que configura mais uma atitude de arbitrariedade e totalitarismo.”

Guiga Peixoto – O deputado federal Guiga Peixoto informa que foi surpreendido com a decisão. O parlamentar não tem conhecimento do teor da investigação e só se manifestará quando tiver acesso aos autos do inquérito.

Junio Amaral – “Mais uma vez eu estou sabendo a partir da imprensa apenas. Direitos e garantias fundamentais assegurados, com exceção daqueles que são apoiadores do presidente Bolsonaro. Se você se dispõe nesse sentido publicamente e tem algum tipo de influência, pode ter certeza que a intenção é intimidar você.”

Otoni de Paula – “Os ministros do STF atuam para tentar atingir todos aqueles que defendem o presidente Jair Bolsonaro. Não cometi nenhuma irregularidade e nenhum ato antidemocrático. A quebra dos meus dados bancários vai mostrar aos ministros do STF que não tenho nada a esconder, minha vida é pautada pela legalidade.”

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