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Brasil O Tribunal Superior Eleitoral gastou 26 milhões de reais em computador que “engasgou” no domingo

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Técnicos também reforçaram a segurança do sistema para deixá-lo ainda mais protegido contra tentativas de ataque. (Foto: EBC)

O aluguel do “supercomputador” que falhou nas eleições municipais no último domingo, provocando lentidão na divulgação dos resultados, custou R$ 26 milhões aos cofres públicos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o problema já foi resolvido e a Oracle, empresa responsável, prestou assistência à Corte.

A falha foi provocada por um algoritmo de inteligência artificial que funcionou de forma mais lenta do que previsto. O papel do algoritmo, esclareceu o TSE ao jornal O Globo, é ajustar o desempenho da máquina para a demanda de processamento de dados.

Isso significa que, através de inteligência artificial, a máquina da Oracle aprende quanto de sua capacidade irá dedicar a uma operação específica — como se fosse um forno aprendendo a calibrar a temperatura de acordo com a comida que irá preparar.

Esse algoritmo não foi treinado antes para o volume e a rapidez dos dados das eleições, como seria necessário. Em coletiva de imprensa na segunda-feira (16), o presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, disse que a máquina chegou depois do esperado, em agosto, e por isso não houve tempo para fazer testes para calibrar o computador.

Marcel Saraiva, gerente da NVIDIA Enterprise, fornecedora de hardware para datacenters, frisa que a inteligência artificial sempre funciona “aprendendo” com base em um histórico de testes. É isso que a distingue de outros programas de computador. Por isso, algoritmos desse tipo não são infalíveis.

“A inteligência artificial tende a resolver alguns problemas, através de modelos matemáticos, em um sistema digital. Essas tarefas normalmente são bem específicas, e nelas o algoritmo não acerta em 100% dos casos. Há limitações que são só identificadas quando a máquina está operando.”

Além de compilar os resultados, o servidor da Oracle recebeu dados criptografados dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), ou seja, ele não fez apenas a operação de “somar” tabelas, segundo o TSE.

O preço se explica, segundo fontes de área, pelo fato de que o servidor é hospedado dentro do datacenter do TSE e não em “nuvem”, como seria habitual nesses casos, devido à preocupação com a segurança de manter os dados dos eleitores dentro do território brasileiro.

Outro fator que encarece o contrato é que o tribunal contratou o equipamento com 100% de sua capacidade, e não para pagar só pelo uso.

A contratação do serviço da Oracle pelo TSE por 48 meses, sem licitação, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em março deste ano. O contrato também inclui manutenção. Funcionários da Oracle trabalharam com o TSE neste domingo para resolver o problema da lentidão.

Após a eleição, a máquina já está “treinada”. Por isso, o problema não deve afetar o segundo turno, segundo o TSE, inclusive porque o volume de dados será menor.

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