Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de março de 2018
O volume do setor de serviços brasileiro caiu 1,9% em janeiro na comparação com dezembro, informou nesta sexta-feira (16) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa é a queda mais intensa desde março de 2017.
A baixa veio após o volume do setor subir 1% em novembro e 1,5% em dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, o volume de serviços caiu 1,3%. Já a taxa acumulada em 12 meses teve queda de 2,7%. “A taxa acumulada em 12 meses está em uma trajetória ascendente desde abril de 2017, quando estava em -5,1%. Isso significa que as taxas estão cada vez menos negativas”, destacou o gerente da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE, Rodrigo Lobo.
Por setores
“Em dezembro, a gente percebeu um aumento do número de contratos de serviços sendo fechados e, consequentemente, houve um aumento da receita bruta de serviços”, enfatizou o pesquisador. Segundo ele, esses contratos ficaram espalhados entre os diversos segmentos.
Por atividades, na comparação mensal, os principais recuos ocorreram nos segmentos de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,4%), enquanto outros serviços avançaram 3,8%.
Na comparação com janeiro de 2017, as principais quedas foram nos setores de serviços de informação e comunicação (-5%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,3%) e serviços prestados às famílias (-2,9%). Em contrapartida, houve crescimento em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4%) e em outros serviços (2,5%).
No cenário regional, na comparação com dezembro de 2017, as variações negativas que mais contribuíram para a formação do índice nacional ficaram com São Paulo (-1,4%), Rio de Janeiro (-2,7), Santa Catarina (-7,6%), Rio Grande do Sul (-2,4%) e Distrito Federal (-2,1%). Em contrapartida, as principais influências positivas vieram do Ceará (19,4%) e da Bahia (4,3%).
Atividades turísticas
Na série com ajuste, o agregado especial de atividades turísticas, ao variar 0,3% em janeiro de 2018, assinalou a terceira taxa positiva seguida, mesma sequência registrada pelo Rio de Janeiro, que neste mês cresceu 4,8%. Os demais avanços vieram de Minas Gerais (2,6%), Goiás (2,3%), Distrito Federal (1,6%), Espírito Santo (1,1%), Ceará (0,5%) e Bahia (0,3%). Houve quedas em Santa Catarina (-5,5%) Paraná (-3,4%), São Paulo (-2,1%) e Rio Grande do Sul (-1,4%)
Em relação a janeiro de 2017, na série sem ajuste sazonal, o turismo ficou estável (0%) no índice nacional, com a maior parte dos 12 locais investigados mostrando crescimento: Distrito Federal (13,1%), Espírito Santo (11,2%), Goiás (5,5%), Minas Gerais (5,1%), Pernambuco (4,7%), Santa Catarina (3,0%), Paraná (2,6%) e Bahia (2%). Apresentaram recuo Rio de Janeiro (-8,3%), Ceará (-2,6%), São Paulo (-0,2%) e Rio Grande do Sul (-0,2%).