Terça-feira, 08 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 20 de abril de 2022
O secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu cartas separadas aos líderes da Rússia e da Ucrânia. Guterres solicitou reuniões com presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, em suas respectivas capitais.
As cartas foram entregues às missões da ONU dos países em Nova York (EUA), na terça-feira (19), como parte dos esforços para parar a guerra. No mesmo dia, o chefe da ONU já havia pedido uma pausa humanitária na Ucrânia antes da Páscoa cristã ortodoxa nesta semana.
O apelo do secretário-geral acontece em meio à crescente crise humanitária na Ucrânia e à intensificação da ofensiva russa no leste. Até o momento, pelo menos 2.224 mortes civis confirmadas pela ONU.
Nos esforços para acabar com a guerra na Ucrânia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, escreveu cartas separadas aos líderes da Rússia e da Ucrânia para solicitar reuniões com eles em suas respectivas capitais, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta (20).
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse que Guterres pediu ao presidente Vladimir Putin para recebê-lo em Moscou e ao presidente Volodymyr Zelenskyy para recebê-lo em Kiev.
“O secretário-geral disse, neste momento de grande perigo e consequências, que gostaria de discutir medidas urgentes para trazer a paz na Ucrânia e o futuro do multilateralismo com base na Carta das Nações Unidas e no direito internacional”, disse Dujarric.
Guterres lembrou ainda que tanto a Ucrânia quanto a Rússia são membros fundadores das Nações Unidas e sempre foram fortes apoiadores desta organização.
O anúncio veio um dia depois que o chefe da ONU pediu uma pausa humanitária na Ucrânia antes da Páscoa cristã ortodoxa neste fim de semana.
Pausa humanitária
O coordenador de crise da ONU para a Ucrânia, Amin Awad, sublinhou o apelo do secretário-geral em meio à crescente crise humanitária no país e à intensificação da ofensiva russa no leste.
Segundo ele, pausa de quatro dias permitiria a passagem segura de civis dispostos a deixar as áreas de conflito e a entrega segura de ajuda humanitária urgente às pessoas nas áreas mais atingidas de Mariupol, Kherson, Donetsk e Luhansk.
As baixas continuam a aumentar na guerra na Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro. Houve 5.121 vítimas civis no país até 19 de abril, incluindo 2.224 mortes, de acordo com a última atualização do Escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU.
Fugas
O conflito na Ucrânia gerou o maior e mais rápido deslocamento nos últimos anos. Cerca de 12 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, com mais de cinco milhões cruzando a fronteira para países vizinhos e além.
Muitos dos que ficaram para trás não têm acesso a água ou eletricidade, enquanto outros 12 milhões são afetados por dificuldades econômicas e um declínio nos serviços.
No leste da Ucrânia, cerca de 1,4 milhão de pessoas não têm acesso a água corrente, inclusive na cidade portuária sitiada de Mariupol. Outros milhões têm apenas acesso limitado à água e eletricidade.