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Brasil Os candidatos à presidência da Câmara e do Senado exploram a vacina e a crise na Saúde nas suas campanhas

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Baleia Rossi tem recorrido ao tema para tentar desgastar Arthur Lira na disputa pela presidência da Casa. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A crise do sistema de saúde e a precariedade do plano nacional de vacinação são motivo de embate entre os principais candidatos à presidência da Câmara dos Deputados. Baleia Rossi (MDB-SP), que tem como bandeira a “independência” do governo, criticou o “negacionismo” do Executivo. Do outro lado da disputa, Arthur Lira (PP-AP), apoiado por Jair Bolsonaro, acusa o adversário de usar o tema como “palanque eleitoral”.

Ao lado do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), Baleia disse que estava “triste” pelo fato de o país ter “perdido tempo” para o início da campanha de vacinação.

“É importante que todos que têm funções públicas deem o exemplo e falem o que é correto: respeitem a ciência e agradeçam a vacina. É muito importante todos saberem que só há esperança da retomada de uma vida normal quando a gente tiver a vacina já disponibilizada para todos. Portanto, acho que esse negacionismo, essa falta de interesse na vacina fez com que o Brasil ficasse para trás”, disse Baleia.

Alinhado ao governo, Lira prefere passar uma mensagem positiva sobre a distribuição de vacinas pelo país. No início da semana, porém, chegou a criticar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cobrando-lhe explicações sobre “soluções de logística”.

“Emoção muito grande em ver as vacinas chegando nas capitais. Governadores mobilizados e o povo com esperança. Agora vamos apoiar os esforços logísticos e operacionais para ampliarmos a quantidade e garantirmos a sequência da produção nacional”, escreveu o parlamentar nas redes sociais.

Lira tem sido cobrado por aliados sobre problemas na área, principalmente por deputados do Amazonas, onde a situação é mais grave e na semana passada pessoas morreram por falta de oxigênio hospitalar em unidades de saúde.

Pedido ignorado

O atual presidente da Casa e aliado de Baleia, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentou convencer o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ), a convocar a comissão representativa do Congresso para debater o assunto. O grupo reúne alguns parlamentares que podem ser chamados a atuar no recesso. Maia foi ignorado.

“Nós fizemos o pleito ao presidente do Congresso para que convocasse a comissão representativa, para que a gente pudesse participar mais ativamente desse debate. Ele entendeu por bem não convocar. É um direito dele”, disse Maia.

Quando perguntado sobre o assunto, Lira foi ao ataque: “Não temos sentido a necessidade dessa convocação específica para isso. Isso só é palanque eleitoral”. Baleia Rossi voltou à carga:

“Perdemos mais de 200 mil vidas para a Covid-19. Portanto, é algo gravíssimo. Temos que fazer todo o esforço para que as vacinas sejam disponibilizadas ao alcance de todos, no menor espaço de tempo possível”.

Na Câmara, apenas a comissão externa do combate à Covid tem feito reuniões informais para debater o tema. A presidente da comissão, Cármen Zanotto (Cidadania-SC), espera realizar na próxima semana uma reunião com embaixadores da China e da Índia, países fornecedores de insumos e de imunizantes para o Brasil. Maia se reuniu com o embaixador da China na última quarta-feira (20).

Alcolumbre nem sequer respondeu ao pedido de Maia. Em sua única manifestação sobre o tema, afirmou que a vacina é essencial “seja de onde for, venha de onde vier”. Ele quer evitar embates sobre o tema para não comprometer o desempenho de seu apadrinhado na disputa pela sua sucessão no Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

A adversária de Pacheco, Simone Tebet (MDB-MS), defendeu desde o ano passado que não houvesse recesso em janeiro. E reiterou a opinião: “O Congresso é a caixa de ressonância da sociedade, não é a toa que temos instrumentos constitucionais que são instrumentos das minorias. Nada pode ser negado neste momento, já que a situação pode exigir de nós que, ouvindo o colégio de líderes, tomemos as medidas necessárias”, declarou Simone.

Em tom parecido ao de Alcolumbre, Pacheco afirmou que a aprovação das vacinas representa “uma esperança para os brasileiros”, mas não defendeu diretamente que o Congresso devesse ter sido convocado ao trabalho.

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