Armando Burd Os números explicam tudo
Por Redação O Sul | 13 de junho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os Estados encerraram o ano passado com dívida total de 657 bilhões e 700 milhões de reais. A arrecadação ficou em 550 bilhões e 500 milhões. A justificativa para o aumento do déficit nas contas públicas começa com esses números.
A soma dos endividamentos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul atingiu 508 bilhões em 2015. A receita dos quatro Estados ficou em 273 bilhões e 400 milhões.
Os dados, contidos no relatório recém lançado pela Secretaria da Fazenda do RS, fazem com clareza a radiografia e revelam as fraturas.
DEPENDE DAS CONDIÇÕES
As apreciações que a Assembleia Legislativa fará antes do recesso estão atreladas à renegociação da dívida do Estado com a União. Se houver redução do valor pago mensalmente, em torno de 300 milhões de reais, ficará aberta a possibilidade de pensar em obras e atender reivindicações salariais do funcionalismo.
O QUE DETERMINA
Mais do que as denúncias de corrupção, o sucesso ou fracasso dos governos costuma depender do bem-estar da maior parte da população. Quer dizer, dos rumos da Economia, que determinam os níveis de emprego e inflação. O retrato do governo afastado é um exemplo vivo.
CENTRO DAS ATENÇÕES
Houve tempo em que, nas reuniões familiares de domingo, as conversas eram comandadas por conhecedores dos bastidores do futebol, contadores de histórias curiosas ou especialistas em saúde. Nos últimos meses, a figura mais prestigiada é quem sabe interpretar e prever os fatos políticos e econômicos.
NÃO DEVEM PARAR
Integrantes da Comissão de Economia da Assembleia estarão no gabinete do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, às 10h de quarta-feira. Vão dar andamento a tratativas sobre as obras de duplicação da ponte sobre o Guaíba.
SINAL VERDE
A audiência pública sobre o Uber será realizada dia 22 deste mês na Câmara Municipal com tendência de aprovação do serviço. O vereador Adeli Sell, escolhido pela bancada do PT para acompanhar o assunto, considera o projeto do Executivo bem elaborado.
GENTE INSPIRADA
Se a legislação permitisse shows em comícios eleitorais, os partidos teriam dúvidas em contratar entre muitas duplas sertanejas: Monetário e Financeiro; Poliglota e Porta Voz; Simpatia e Gente Fina; Belo e Horizonte, mais o trio Cruzeiro, Tostão e Centavo.
Todas elas existem, têm gravações e fazem sucesso Brasil afora.
RÁPIDAS
* Cresce na bancada governista da Assembleia a convicção de que é preciso um Estado enxuto e menos caro para a sociedade.
* O combate às causas estruturais da inflação requer a eliminação do déficit público como prioridade de governo.
* O que mudou na opinião pública: a perplexidade já não vence a indignação.
* Foi-se a época em que, na gestão pública, tombavam os coerentes e sobreviviam os que tinham habilidade para se aproveitar de brechas.
* O secretário interino da Educação, Luís Alcoba, que substitui Vieira da Cunha, é membro da Advocacia-Geral da União.
* O promotor Antonio di Pietro, que comandou a Operação Mãos Limpas, fundou em 1998 um partido denominado Itália dos Valores.
* Aberta na política a temporada do chá de boldo. É amargo, mas suportável.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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