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Geral Ouro cai abaixo de 2 mil dólares por onça pela primeira vez em dois meses após dados de inflação dos Estados Unidos

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(Foto: Reprodução)

Os preços do ouro caíram abaixo do nível chave de 2.000 dólares por onça, atingindo uma mínima de dois meses nessa terça-feira (13), já que um relatório de inflação dos Estados Unidos mais forte do que o esperado atenuou as perspectivas de um corte antecipado da taxa de juros pelo Federal Reserve.

O ouro à vista caiu 1,2%, para 1.995,49 dólares a onça, seu valor mais baixo desde 13 de dezembro.

Os dados mostraram que os preços ao consumidor dos EUA aumentaram mais do que o esperado em janeiro, em meio a um aumento nos custos de moradia e saúde.

“Esse não era o relatório que o mercado queria ver”, disse Tai Wong, um analista independente de metais de Nova York.

Segundo ele, a inflação surpreendentemente teimosa reduziu as chances de um corte na taxa em maio para menos de 50% no momento.

Os formuladores de políticas do Fed provavelmente esperarão até junho para cortar as taxas de juros, apostam os traders após os dados do IPC dos EUA.

Taxas de juros mais altas aumentam o custo de oportunidade de manter o ouro.

Inflação

Assim como Nova York e arredores amanheceram cobertas pela neve nessa terça-feira, as expectativas de Wall Street por uma redução dos juros nos Estados Unidos também esfriaram.

Dados mais fortes da inflação em janeiro associados a um mercado de trabalho ainda bastante aquecido no país empurraram as chances do início da flexibilização monetária de maio para junho e podem fazer o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) esperar até o verão no Hemisfério Norte para começar a baixar as taxas.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA avançou 0,3% em janeiro na comparação com dezembro, informou nesta terça o Departamento do Trabalho do país. O desempenho superou a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que estimavam alta de 0,2%.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 3,1% em janeiro, desacelerando frente ao aumento de 3,3% de dezembro, mas também acima das expectativas, de 2,9%. Por sua vez, o núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,4% em janeiro frente ao mês anterior e 3,9% no ano.

A surpresa com a inflação americana em janeiro esvaziou o apetite a risco nas bolsas de Nova York e retardou as expectativas pelo primeiro corte de juros nos EUA. As chances de manutenção na próxima reunião do Fed, em março, foram reforçadas e passaram a ser majoritárias também para o encontro em maio, conforme levantamento da plataforma CME Group.

Com isso, Wall Street passou a precificar o primeiro recuo nas taxas somente em junho. Após o CPI de janeiro, tal probabilidade chegou a 54,4%. “A aceleração [da inflação] será um fator que atrasará a decisão do Fed de começar a cortar taxas para junho deste ano”, reforça o Morgan Stanley, em comentário a clientes.

De acordo com o estrategista-chefe da corretora americana Avenue, William Castro Alves, o índice de moradia continuou sendo o principal vilão da inflação mais elevada em janeiro, aumentando 0,6% e contribuindo com mais de dois terços da alta do mês. Alimentação também teve lá a sua influência enquanto energia atuou na contramão, observa.

Para a consultoria britânica Capital Economics, o desempenho do núcleo do CPI em janeiro serve de combustível para a narrativa de que “a última milha é a mais difícil” no combate à inflação. Os bancos centrais têm alertado os investidores quanto à importância de vencê-la até o fim. E, segundo a Capital Economics, ainda “há muita desinflação na economia americana”.

“Os dados do CPI desta manhã são um lembrete de que o caminho de regresso a uma inflação de 2% ao ano – meta do Fed – provavelmente terá alguns buracos”, dizem os economistas do Wells Fargo, Sarah House e Michael Pugliese. Segundo eles, há riscos de o primeiro corte de juros nos EUA dar as caras somente no verão do Hemisfério Norte, que começa no fim de junho. As informações são da agência de notícias Reuters e do jornal O Estado de S. Paulo.

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