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Economia Passada a turbulência inicial provocada pelo tarifaço de Trump ao Brasil, Lula voltou a cobrar duas iniciativas que seguem travadas: a reformulação do Vale-Gás e o programa de reforma de casas

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A expectativa do Palácio do Planalto era que 2025 marcasse o ano da “colheita” das ações do governo. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Passada a turbulência inicial provocada pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pressionar ministros pela execução de programas considerados estratégicos para a vitrine social de seu terceiro mandato e que foram prometidos há meses. De olho em 2026, o presidente reuniu-se, nos últimos dias, com diferentes auxiliares para cobrar duas iniciativas que seguem travadas: a reformulação do Vale-Gás e o programa de reforma de casas.

A expectativa do Palácio do Planalto era que 2025 marcasse o ano da “colheita” das ações do governo. No entanto, a sobretaxa de 50% imposta pela Casa Branca sobre produtos brasileiros forçou uma mudança na estratégia de comunicação e adiou o cronograma de entregas planejado.

Entre as promessas que Lula quer destravar com urgência está a medida provisória (MP) que reformula o auxílio-gás. O novo programa, que deve ser batizado de “Gás para Todos” ou “Gás do Povo”, estava previsto para ser lançado em agosto, coincidindo com a entrada em vigor da tarifa dos Estados Unidos, mas teve seu anúncio adiado. Com conversas travadas, na semana passada, Lula chamou auxiliares para dar andamento ao tema. A previsão, agora, é que o governo publique a MP nos próximos 15 dias.

A iniciativa desenhada pelo governo busca ampliar o acesso ao gás de cozinha para famílias de baixa renda. São estimadas que entre 15 milhões a 17 milhões de famílias recebam o benefício. A intenção da gestão petista com a remodelação do programa é permitir que as famílias retirem gratuitamente o botijão de gás nos pontos de revenda.

Pelo desenho que foi proposto a Lula, a gratuidade será limitada a um benefício por família, que deve estar inscrita no CadÚnico e receber renda per capital mensal menor ou igual a meio salário mínimo. A mudança no programa visa garantir que o benefício seja exclusivo para compra de gás de cozinha, sem a possibilidade de desvios para outros fins. Pelo modelo atual, o benefício é repassado à população em dinheiro, o que não garante que o valor seja efetivamente usado para a compra do botijão.

No mesmo escopo das promessas, está a nova política de crédito voltada para a reforma de casas, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Anunciado por Lula em março, o projeto permitiria, nas palavras do presidente, que o cidadão pudesse “fazer um puxadinho” com apoio da gestão federal.

Segundo informações do jornal Valor Econômico, além de tentar melhorar a oferta de crédito para a compra de imóveis pela classe média, o presidente pediu que houvesse um modelo menos engessado do programa de reforma de imóveis. Ou seja, que o tomador do empréstimo tivesse mais liberdade para arrumar na sua casa o que considerar mais necessário, desde que comprove que o dinheiro está sendo usado de fato para essa finalidade.

Há, ainda, outra promessa feita pelo governo que, segundo fontes, está mais longe de se concretizar: a linha de crédito voltada a facilitar que trabalhadores de aplicativos possam comprar ou trocar suas motocicletas. Uma das principais dificuldades para o lançamento é porque o projeto esbarra em uma questão fiscal, com a necessidade de um fundo garantidor que dê respaldo para que bancos e instituições financeiras baixem as taxas de juros para um patamar menor do que o praticado atualmente.

O temor que o tarifaço dominasse as agendas positivas do governo foi compartilhado entre o chefe do Executivo e seus auxiliares.

Segundo fontes, Lula solicitou que sua equipe agendasse um evento de entrega do governo no âmbito do Minha Casa, Minha Vida para 1º de agosto – data inicialmente prevista para que a tarifa de 50% entrasse em vigor – como forma de mostrar que a gestão está dando encaminhamento a pautas internas, apesar da negociação com os Estados Unidos.

Interlocutores afirmam que o petista queria mostrar, a partir da entrega de um dos “programas-símbolo” de sua gestão, que o governo mantém seus trabalhos, independentemente do cenário externo. A expectativa no Ministério das Cidades é que o programa bata a meta de entrega de 2 milhões de unidades em dezembro, um ano antes do previsto. As informações são do jornal Valor Econômico.

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