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Economia Pela primeira vez, mercado projeta estouro da meta de inflação em 2024

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Em setembro de 2024, a inflação no País registrou 0,44%, impulsionada principalmente pela conta de energia elétrica. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

As previsões do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — a inflação oficial do Brasil — passaram de 4,5% para 4,55% em 2024, estourando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A informação é do Boletim Focus, divulgado nessa segunda-feira (28) pelo Banco Central (BC), que apresenta as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção de inflação também subiu, passando de 3,99% para 4%. As expectativas para 2026 e 2027 são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa atual para 2024 está acima do teto da meta de inflação perseguida pelo BC, fixada em 3% com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Assim, o limite inferior é de 1,5% e o superior, 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor um sistema de meta contínua, o que significa que o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano.

O centro dessa nova meta contínua é 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em setembro de 2024, a inflação no País registrou 0,44%, impulsionada principalmente pela conta de energia elétrica. Em comparação, o IPCA havia registrado deflação de 0,02% em agosto.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada em 12 meses é de 4,42%.

Taxa e meta

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic, que atualmente está fixada em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A recente alta do dólar e as incertezas relacionadas à inflação levaram o colegiado a aumentar a taxa pela primeira vez em mais de dois anos na reunião do mês passado.

A última alta da Selic ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa passou de 13,25% para 13,75% ao ano.

Após um ano nesse patamar, a taxa sofreu seis cortes de 0,5 ponto percentual e um corte de 0,25 ponto percentual entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.

A próxima reunião do Copom está agendada para 5 e 6 de novembro, e os analistas esperam um novo aumento na taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.

As projeções para 2025 indicam que a taxa básica deve cair para 11,25% ao ano, enquanto para 2026 e 2027, a expectativa é de uma nova redução para 9,5% e 9%, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida. Isso impacta os preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Além da Selic, os bancos consideram outros fatores ao definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Dessa forma, taxas elevadas podem dificultar a expansão econômica.

Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais barato, o que incentiva a produção e o consumo, ao mesmo tempo que diminui o controle sobre a inflação.

PIB e câmbio

As instituições financeiras elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira em 2023, de 3,05% para 3,08%. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) surpreendeu, registrando alta de 1,4% em relação ao primeiro trimestre.

Comparado ao segundo trimestre de 2023, o crescimento foi de 3,3%, conforme dados do IBGE.

Para 2025, a expectativa de crescimento do PIB é de 1,93%. Em 2026 e 2027, o mercado financeiro estima uma expansão de 2% para ambos os anos.

Em 2023, a economia brasileira também superou as expectativas, crescendo 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, segundo o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.

Dólar

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5,45 para o final deste ano, com a expectativa de que a moeda norte-americana atinja R$ 5,40 no fim de 2025.

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