Terça-feira, 07 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Quantos candidatos aos governos terão a coragem de perguntar aos presidenciáveis sobre a condição de esmagamento a que os Estados são submetidos? Mais: quando terão fim as caravanas da miséria que vão a Brasília, submetendo-se à humilhação do chapéu na mão, em busca de recursos que saem dos municípios e dos Estados?
Diferença
Com os 6 minutos e 3 segundos que a coligação liderada pelo PSDB e mais oito partidos terá em cada programa de propaganda em rádio e TV, Ana Amélia Lemos usará sua experiência como jornalista. Tempo bem maior do que o da aliança MDB e PHS. Henrique Meirelles e Germano Rigotto dividirão 1 minuto e 38 segundos.
Está difícil acelerar
A greve dos caminhoneiros, que parou o País em maio, continua puxando o freio de mão. É um dos motivos que impede a retomada da economia. As previsões de crescimento caem pela metade. O ritmo esperado de expansão do Produto Interno Bruto, no começo do ano, era de 3 por cento. A expectativa do Boletim Focus, do Banco Central, é de ficar em 1,5 por cento, repetindo a taxa de 2017.
Quase
Ciro Gomes esteve próximo de formar uma supercoligação com o Centrão, o PSB e o PC do B. Falhou. O Centrão se aliou ao PSDB. O PSB e o PC do B ficaram ao lado do PT. Pela primeira vez em três eleições à Presidência, Ciro caminha sozinho.
Desafio pesado
O candidato Henrique Meirelles abre o debate ao anunciar que sua meta será proibir a emissão de títulos da dívida para cobrir despesas correntes, como salários e benefícios da Previdência. O descumprimento acarretaria em crime de responsabilidade fiscal para o presidente da República.
Ex-banqueiro, Meirelles diz que o País não suporta mais o aumento da dívida pública. Ontem, o Jurômetro registrava 255 bilhões de reais pagos desde 1º de janeiro deste ano. É o custo da rolagem dos títulos.
Consequência
A neutralidade na sucessão presidencial reduz em muito o sonho de Eduardo Campos de tornar o PSB uma força nacional sem precisar da tutela do PT.
Os socialistas gaúchos, porém, não se curvaram à ordem da direção nacional. Ao se aliarem à candidatura de José Ivo Sartori, apoiarão Henrique Meirelles.
Desafios
Coordenadores de campanhas eleitorais têm, a partir de agora, receita única: evitar fissuras, congregar forças, engolir sapos e ganhar nas urnas.
Por mais segurança
A Câmara dos Deputados deve votar hoje projeto de lei que permite o controle acionário total de empresas aéreas nacionais por capital estrangeiro, se a sede for no Brasil. Atualmente, o máximo permitido é de 20 por cento. O governo prevê que haverá aumento da competição e das rotas. Se garantirem mais segurança nos voos, com tecnologia avançada, será o suficiente.
Pobres consumidores
Não há jeito de a caixa preta da Petrobras se abrir e inexistem sinais de que o preço da gasolina possa diminuir.
É uma história que vem de longe. Vale lembrar que, em meados da década de 1980, o barril de petróleo caiu no mercado mundial de 35 para 12 dólares e o preço dos combustíveis no Brasil subiu 30 por cento.
O que pode contribuir mais para desenvolvimento do país do que gasolina, gás e óleo diesel mais baratos?
Há 15 anos
A 6 de agosto de 2003, em Brasília, manifestação contra a reforma da Previdência Social resultou na depredação do Congresso Nacional com sete feridos e 52 vidros quebrados. Segundo a Polícia Militar, o ato reuniu 50 mil servidores públicos, militantes de partidos políticos e universitários.
Quem pode resolver
Ouvido ontem numa roda amigos que conversavam sobre política: “Só um líder no mundo é capaz de unir os brasileiros. O domicílio dele é o Vaticano”.
Ninguém discordou.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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