Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2020
Que a alimentação equilibrada está estreitamente ligada à saúde, nós já sabemos. A cada nova pesquisa, no entanto, nos espantamos com os resultados alcançados ou as descobertas inusitadas. Esse é o caso de um estudo norte-americano, publicado no “The American Journal of Clinical Nutrition”, que mostrou a eficiência dos flavonoides na redução de Alzheimer e demência.
Os flavonoides são compostos bioativos do grupo dos polifenóis encontrados em hortaliças, frutas, cereais, chás, café, cacau, vinho, suco de frutas e soja e tem como função a proteção das plantas contra danos oxidativos, são pigmentos vegetais de cores azul, azul avermelhado e violeta.
Os flavonoides possuem varredores de radicais livres e são queladores dos íons metálicos, protegendo os tecidos contra radicais livres de oxigênio e peroxidação de lipídeos. A divisão dos flavonoides está baseada na conexão do anel aromático B ao anel heterocíclico e as subclasses são: flavonas, flavonóis, isoflavonas, flavononas, antocianinas, flavonols, flavonóis.
O morango é um dos alimentos que possuem esse componente. “É uma fruta vermelha de origem europeia de baixo valor calórico e rico em vitaminas [C, A, E, B5 e B6], fibras, minerais [cálcio, potássio, ferro, selênio e magnésio] e flavonoides [antocianinas]”, explica Angelica Grecco, nutricionista do Instituto EndoVitta.
Segundo Grecco, os flavonoides presentes no morango possuem grande atividade antioxidante, anti-inflamatória e imunomoduladora. “Essas propriedades ajudam na prevenção de doenças cutâneas e cardiovasculares, de alguns tipos de câncer, obesidade e desordens gástricas, entre outros problemas.”
Morangos contra o Alzheimer
Apesar de ainda requerer mais estudos, os pesquisadores dos Estados Unidos encontraram resultados promissores nas áreas de memória e atenção, com evidências de que essas melhoras estão relacionadas à ingestão total de flavonoides.
A descoberta de associações protetoras está diretamente ligada à diminuição do risco de Alzheimer e demências relacionadas à idade. Outra boa notícia: estamos em época de morango.
“O ideal é consumi-lo na sua forma natural e orgânica, ou seja, sem pesticidas”, diz Grecco. “A diversidade dos componentes químicos do morango confere o seu sabor e aroma. Para obter um bom sabor, o seu conteúdo de açúcar e ácidos deve estar no padrão ótimo.”
Se o remédio é amargo, a prevenção pode ser doce. Abaixo, o chef Luiz Borba, “headchef” e proprietário da Sinerfood, ensina uma receita de geleia de morangos cheia de flavonoides, saborosa e fácil de fazer.